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Opinião
24/01/2015 - 07h00
Charlie Hebdo, Indonésia e nós
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Inesperadamente, assim como um tsunami, Cherlie Hebdo, Indonésia e extremismo inundaram o noticiário mundial. Muitos do povo nem sabiam que o jornal francês, com tiragem de modestos 60 mil exemplares, é instrumento de perigosa sátira religiosa e abrigava tantos produtores de cartuns e charges. Assim como poucos tinham conhecimento de que a Indonésia com sua cultura, que deve ser respeitada, controla e pune com mão-de-ferro quem ousa traficar drogas em seu território. Sabia-se apenas tratar-se de um arquipélago no sudeste asiático, onde o turismo e o comércio são importantes.

Por conta do ataque à redação do jornal francês e da execução de traficantes – inclusive um brasileiro – esses elementos são hoje destaques. Situações geradas pelo radicalismo de uns e de outros. Toda vez que se contesta religiões ou valores – independente de quais sejam – cria-se animosidade que pode ir a extremos, pois mexe-se no subjetivo terreno da fé. Quando se desrespeita as leis e convenções de um país ou sociedade, assume-se os riscos. São situações perigosas que os envolvidos não podem ignorar.

O mundo vive um período de contestações e, principalmente, de anarco-democracia. Sob o pretexto de exercer o próprio direito de expressão, de crença e até o simples direito de ir-e-vir, arrepia-se as leis e regulamentos e ainda busca-se a solidariedade de terceiros para os atos cometidos. Por mais democrático que isso seja, os jornalistas-chargistas franceses sabiam onde estavam mexendo. Isso, no entanto, não dá o direito aos ofendidos, por mais ofendidos que estivessem, de matá-los. Da mesma forma, quem vai traficar ou cometer qualquer crime, sabendo que isso pode terminar em pena de morte, não é credor de solidariedade (a não ser a humana).

Esses exemplos, vindos de situações extremas, servem para balizar a vida em sociedade. Todo cidadão é obrigado a cumprir e respeitar as leis e, não o fazendo, arca com as consequências. Vivemos no Brasil um tempo em que as leis são pouco observadas e – o pior – as autoridades parecem impotentes para fazer valer o império da lei, ou até usuárias e comprometidas com grupos ou pessoas que promovem a arruaça, a desordem e a ilegalidade. Quando isso acontece, o radicalismo e a barbárie se fazem presentes através da corrupção, de roubos, seqüestros, chacinas e uma enorme gama de crimes. Precisamos resolver isso, enquanto é tempo. Se não resolver, talvez, um dia, a solução também esteja na extrema pena de morte...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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