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SEÇÃO
Crônicas
18/02/2015 - 17h00
As pessoas estão infelizes
Maria Cândida Vieira
 

Podemos ver que, além de tantos problemas que o mundo está enfrentando, há um outro que deve ser mencionado: as pessoas estão infelizes. Viver nunca foi fácil e sempre existiram pessoas dadas à melancolia, é verdade, mas nunca se viu tanta gente deprimida. Precisamos admitir que todos nós estamos bebendo demais, comendo demais, trabalhando demais, tomando drogas demais e ansiosos demais. A cada dia, descobre-se um novo distúrbio psicológico ou psiquiátrico e surgem novos remédios. Se antes era menos comum haver pessoas que tinham que tomar medicamentos controlados, hoje isso é corriqueiro.

As pessoas também nunca estiveram tão conectadas e, ao mesmo tempo, tão sozinhas. Posso estar conversando agora com alguém que está do outro lado do mundo e, embora eu trave conhecimentos com gente diferente, posso terminar isolada das pessoas da minha própria casa.

Temos que admitir que o capitalismo terminou por fazer com que acabássemos valorizando demasiado os bens materiais e os prazeres. Nunca buscamos tanto o prazer e nunca nos sentimos tão vazios. Sentimos um grande vazio interior e tentamos compensá-lo comprando muito, comendo, bebendo, fumando ou usando drogas, navegando na Internet ou até fazendo sexo casual. Hoje em dia, o ato sexual está muito resumido a apenas praticar o ato. Perdeu-se a necessidade de intimidade e carinho. As pessoas querem fazer sexo e fazem com a primeira pessoa disponível que encontram. Pessoa que muito provavelmente nunca mais verão. Se por um lado isso é um ato de liberdade, por outro torna as pessoas mais solitárias e infelizes. Você e aquela pessoa não são íntimas, ou seja, não possuem vínculos de espécie alguma.

Por que, com tanto conforto e facilidades proporcionadas pelo avanço da ciência e da economia, estamos tão infelizes? Será que não estamos nos afastando do que realmente é essencial e buscando o que é efêmero e superficial?

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