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Opinião
25/04/2005 - 06h03
Bento XVI, sucessor de São Pedro
Rafael Vitola Brodbeck - MSM
 

Para o júbilo da Santa Igreja, já temos um novo Sumo Pontífice. Contrariando as (maldosas) especulações de parte da imprensa, que insinuava uma desunião no Colégio Cardinalício, no segundo dia de votações do Conclave os dois terços necessários para a eleição do Papa foram logo alcançados. E o eleito? Dom Joseph Cardeal Ratzinger, ex-prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, nos tempos de João Paulo II, de quem foi grande amigo e servidor.

Homem de profunda piedade, Bispo zeloso, teólogo brilhante, perspicaz na análise das crises modernas, o agora Papa Bento XVI é a pessoa certa no momento certo. Seu nome até evoca o glorioso São Bento de Núrsia, patrono da Europa, continente que ruma ao ateísmo prático nesses dias difíceis. Com sua sólida cultura e seu amor devotado a Cristo, ao mesmo tempo Sua Santidade é habituado à administração vaticana como também possui firmeza incomparável na defesa da sã doutrina, tão atacada em nossos tempos de secularismo e tentativas de ser católico com os critérios do mundo. O Papa anterior preparou o caminho e limpou os trilhos: o atual poderá fazer o trem da Igreja retomar sua via normal.

Não é a Fé Católica a opinião deste ou daquele Romano Pontífice, mas um autêntico depósito do que foi revelado pelo Filho de Deus aos Apóstolos e coerentemente se desenvolveu ao longo dos séculos. Por isso, ela não pode e não vai mudar. Aspectos pastorais, canônicos e disciplinares (v.g., modo de escolha dos Bispos, alguns poderes das conferências episcopais, ritos não essenciais da liturgia, celibato dos sacerdotes), os quais se referem ao governo da Igreja, podem ser modificados, em tese, dependendo de quem ocupa a cátedra de Pedro. O depositum fidei, entretanto, o conteúdo do que acredita a Igreja Católica é imutável, eis que o Papa não é seu dono e sim seu guardião.

É verdade que alguns (que geralmente nem colocam os pés na igreja ou nem sonham com o que significa ser católico autêntico) reclamam da rigidez de Ratzinger, agora Papa Bento. Contudo, não poderia ser diferente: é próprio do Papa proteger a doutrina e anunciá-la, ainda que tal intransigência custe a perda de fiéis - não é função da Igreja agradar ninguém, mas pregar a Tradição e defender sua pureza e integridade (o que Ratzinger fez muito bem). Não deve o Sumo Pontífice ser progressista, mas fiel.

A condenação ao aborto e à eutanásia, a impossibilidade de ordenação de mulheres, a rejeição às uniões homossexuais, o caráter pecaminoso do uso de métodos anticoncepcionais artificiais não integravam um rol de convicções meramente pessoais de João Paulo II, como não constam igualmente de uma cartilha programática exclusiva de Bento XVI. São, isso sim, expressão da doutrina católica, tal qual ensinada por Cristo, pelos Apóstolos e por seus sucessores. Papa algum a mudaria, nem mesmo os pretensos liberais. Esta é a Fé da Igreja. Os incomodados que se convertam!


Nota do Editor: Rafael Vitola Brodbeck é advogado e escritor.

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