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Opinião
23/02/2015 - 11h00
Deep Web – a outra internet
Célio Pezza
 

Existe uma internet menos conhecida do público comum, chamada de Deep Web (Internet Profunda), também conhecida como Deep Net, Web Invisível ou Oculta. Há quem diga que uma ferramenta de busca como o Google, por exemplo, só consegue rastrear menos de 5% do que existe on-line. A maior parte das informações da Web está em sites que não são encontrados pelos mecanismos de busca padrão.

Na Internet normal ou superficial você tem segurança, mas não tem anonimato. Na Internet profunda você não tem segurança, mas tem anonimato. Justamente por ter anonimato, essa internet é cheia de informações proibidas, como pedofilia, tráfico de drogas, compra e venda de órgãos, armas, pornografia pesada, terrorismo internacional, enfim, é uma terra sem lei, repleta de atividades criminosas.

Evidente que existe uma grande atividade do FBI, CIA e polícias de todo o mundo visando identificar e prender aqueles que navegam por essas áreas profundas e perigosas. Os sites mudam constantemente de endereços, como se tivessem vida própria, sem donos e registros. Na verdade a Deep Web é um território muito perigoso, infestado de vírus, hackers, criminosos e agentes da lei.

Muitos países controlam a internet comum, portanto também existem correspondentes internacionais e ativistas que se utilizam da internet profunda para fugir desse controle. Nesse caso, usar a Deep Web é uma forma de escapar da censura. Grandes empresas também a utilizam, para transmitir dados sobre patentes ou outros que não podem ser acessados. Existem até agências, como a Bright Planet, especializadas em vender serviços dentro da Deep Web, em áreas de Governo, Negócios e Usuários Únicos.

Para navegar nessa zona, os usuários costumam usar um software chamado TOR (The Onion Router), que impede que suas atividades sejam registradas, e um computador virtual, que pode ser apagado de um instante para outro. Para um iniciante que estiver navegando é recomendado não baixar nada e não estabelecer nenhum contato, por questões óbvias de segurança.

Existem fóruns sobre diversos assuntos, mas é mais fácil você ser destruído logo na primeira tentativa de entrada, do que ser aceito nesses grupos. Na internet normal, quando você quer ir de A para B, você conecta diretamente de A para B. Na internet profunda, o caminho muda a cada instante e você sai de A para Z, de Z para F etc., até chegar em B, ou seja, vai usando várias máquinas que ficam no meio do caminho, para dificultar o rastreamento.

O Wikileaks (grupo especializado em divulgar documentos secretos) e o Anonymous (grupo de ativistas e hackers vigilantes da internet) incomodaram muita gente poderosa graças à navegação nessas águas profundas, mas devemos lembrar que quando nós olhamos para dentro do abismo, ele também olha para nós.

Para usuários comuns é bom saber que existe esse outro universo na Web, mas não vale a pena arriscar e ir lá dentro dar uma espiada. Não devemos nos esquecer do ditado popular “a curiosidade matou o gato”.


Nota do Editor: Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.

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