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Opinião
24/02/2015 - 07h03
A sociedade dos direitos sem deveres
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

À guisa de ser democrática (e antagônica à ditadura), a sociedade brasileira desenvolveu o permissivismo ao longo das últimas décadas. Comportamentos antes tidos como inaceitáveis tornaram-se moda e quase obrigatórios. Sob a mentirosa argumentação de que “democracia é onde tudo pode”, os interesseiros políticos e sociais pregaram ao povo a utópica sociedade dos direitos sem deveres. De repente, todos passaram a ter direitos, mesmo não se sabendo de onde deveriam vir os recursos para a sustentação e cumprimento desses direitos. Políticos oportunistas, ongueiros e outros exploradores passaram a usar as minorias e a atribuir-lhes direitos indevidos ou duvidosos para, em contrapartida, colher dividendos eleitorais e outros.

Por mais que se defenda a legitimidade das cotas para os negros, índios e seus descendentes, não há como evitar que, beneficiando-se desse favor, esses indivíduos se tornem cidadãos de segunda classe pelo resto de suas vidas. Tudo o que se fizer além da tolerância da união de pessoas do mesmo sexo (um direito que elas têm) será indevido e jamais esse instituto poderá ser chamado de “casamento”, pois este consiste na união biológica e social entre macho e fêmea. Da mesma forma, não há porque lhes atribuir o direito de adotar crianças, mesmo que haja dificuldade para a adoção tradicional. A gama de direitos que os interesseiros têm atribuído à população, sem dela exigir a justa contrapartida é, sem qualquer dúvida, uma temeridade.

Desde o pacto social, os indivíduos abriram mão de direitos individuais e se comprometeram a viver equilibradamente para poderem se proteger como conjunto social. Nos tempos mais recentes, sonhadores, oportunistas e interesseiros têm tentado quebrar esse pacto. Na medida em que estabelecem direitos sem as correspondentes obrigações, estão, no mínimo, privilegiando uns e escravizando outros. É preciso readquirir o equilíbrio ou, então, estaremos dentro do caos. 

Todo cidadão – para assim poder ser chamado – tem de ser submisso às leis. A nenhum deles é permitido invadir propriedades, queimar veículos, interromper o trânsito, depredar o patrimônio público ou privado e desrespeitar a legislação vigente. Todos os que assim agem têm de ser presos, identificados e processados. Infelizmente, os governos têm sido lenientes e admitido a desobediência civil. É preciso retomar o império da lei para evitar que a turba exploda e a única solução seja o emprego da força. Isso todos sabemos como começa, mas ninguém pode prever como termina...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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