Sempre impliquei com essa coisa de dizer ao amigo “me recomende à sua senhora”. Ora, respeito é bom. Que insinuação vagabunda é essa? Que bandalheira é essa? Há de ser muito safado para falar barbaridade dessas a um amigo. Em bom Português: quem fala uma coisa dessas chama amigo de corno – de corno manso! Mas o tempo – senhor da razão ou do ladrão? – passa. E a gente aprende alguma coisinha, percebe que expressões populares nem sempre são inservíveis. Hoje, velho, sou adepto da expressão. Mas sempre faço a ressalva: – Quando lhe peço para me recomendar à sua senhora, quero seu bem. Se ele topar a recomendação – o que é improvável – terá grande decepção. E vai querer você de volta. Juvenal: captou a mensagem? Sou seu amigo. Me recomende à sua senhora. Nota do Editor: Orlando Silveira mantém o Blog do Lando (orlandosilveira1956.blogspot.com).
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