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Opinião
07/03/2015 - 07h28
Corruptos, corruptores e mandantes
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Iniciada sob tensão, a nova CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, convocou os pivôs da corrupção na estatal e os dois ex-presidentes da companhia – José Sergio Gabriele e Graça Foster – à época dos acontecimentos. Mas, por enquanto, não chamou os depoimentos das empreiteiras envolvidas no caso. Para revestir-se de seriedade e chegar a resultados que possam atender aos grandes interesses nacionais, os empresários não podem ficar de fora. Todos eles devem ter muito o que esclarecer na apuração e, principalmente, o interesse de se safar ou pelo menos justificar as acusações de que teriam formado um cartel para controlar e obter os contratos de prestação de serviços à petrolífera a preços acima do que seria estabelecido em concorrência normal.

Os operadores dos desvios têm de esclarecer à CPI e à Nação todos os pormenores da ação criminosa e, principalmente, declinar o nome dos mandantes do esquema para que estes também possam ser alcançados pelos tentáculos da lei. É preciso saber, fundamentalmente, quem (pessoas ou instituições) se beneficiava com a compra de apoio político e com o enriquecimento indevido de políticos e outras figuras que hoje já se encontram identificadas como recebedoras do dinheiro sujo. A investigação não pode ficar apenas no foco direto de quem botou a mão na massa e ignorar os mandantes ou chefes da máfia. Não pode repetir o ocorrido no mensalão, onde os acessórios foram altamente penalizados, os políticos já estão todos se safando e os supostos mandantes sequer foram citados.

Nesse momento de rara independência em relação ao governo, a Câmara dos Deputados não pode perder a chance de comportar-se como um efetivo poder. Há que descer fundo nas questões, ou a CPI, em vez de esclarecer, poderá terminar, mais uma vez, em demérito ao Poder Legislativo. 

A corrupção é a grande desgraça nacional. Registros históricos e literários dizem que sua chegada ao Brasil deu-se ainda nas caravelas. Verdade ou não, o certo é que o desvio de finalidade do dinheiro público tem penalizado e até levado à morte muitos brasileiros. Hoje vivemos momentos vergonhosos não só internos, mas infelizmente também no exterior. Se os homens e mulheres investidos no poder quiserem, ainda é tempo de endireitar o país e recolocá-lo no caminho do progresso e da justiça social. Agora é a vez dos deputados da CPI aproveitarem a grande oportunidade de dizer a que vieram...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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