O engajamento que está sendo articulado pelas redes sociais para o próximo dia 15, não apresenta características similares às das manifestações ocorridas em 2013. Nesse caso, o processo de orquestramento da mensagem está bem definido e com grande possibilidade de fortalecimento da causa, sob uma visão político social, mas também em uma visão de comunicação estratégica. Dilma e seu grupo político devem temer esse momento, buscando se precaver da melhor forma possível dos impactos que serão iniciados com a ode ao impeachment da Presidente da República. Mesmo depois de uma tsunami de denúncias e escândalos de corrupção envolvendo base de governo e o núcleo duro do Partido dos Trabalhadores, ainda sim, se usarem das estratégias perspicazes da comunicação política, conseguirão controlar a generalização e proliferação da ideia de desconstrução do seu governo. Todavia, vale lembrar que em múltiplos momentos da história o início do fim se deu com grandes engajamentos provenientes de mensagens únicas, que promovem uma identificação e adesão da sociedade. Ou Dilma utiliza da coerência comunicacional e governamental ou terá o mesmo final histórico do bloco alemão na segunda guerra, pós dia “D” na Normandia, com perda de credibilidade e desconstrução geral dos seus propósitos. Nota do Editor: Roberto Gondo é doutor e Comunicação Política e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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