Coloco-me a pensar e avaliar uma prática um tanto comum no dia-a-dia de algumas pessoas. De muitas, arrisco a dizer. O ato de mentir. A mentira, a omissão (uma forma de mentira não assumida) são coisas que podem ter proporções diferentes dependendo de como são empregadas. Que atire a primeira pedra quem não mente ou omite. Às vezes, se torna necessário. Não podemos ser sinceros 100% do tempo. Não podemos sob pena de magoarmos alguém, sob pena de sermos chamados de loucos, mau educados, grosseiros. Algumas “verdades” não cabe a nós dizermos. Mentimos sim, omitimos sim. Mas quando isso se torna tão grande a ponto de ser um hábito, é algo a se preocupar. Quando isso se torna uma tentação, preferir mentir a falar a verdade. Por vários motivos: querer disfarçá-la. Não querer admiti-la. Torna-se um costume, tão frequente que a pessoa mente sempre que poderia falar a verdade. Começa nas coisas maiores, esse tipo de mentira, não é nas coisas menores. A pessoa mente sobre coisas importantes. E depois acaba mentindo sobre detalhes cotidianos, que não são necessários. Aí sim, vira hábito. Um defeito. É um dos defeitos que mais me decepciona em alguém. Eu prefiro sempre a verdade. Nua, crua, doida. Mentir destrói a confiança. Por pior que for a verdade, ela nunca será tão ruim quanto a mentira.
|