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Medicina e Saúde
16/03/2015 - 06h30
Por que a dengue ainda nos assombra?
Luciana Bonato
 

Os meses de janeiro a maio, historicamente, são os de maior incidência da dengue, por conta do calor e das chuvas. Este ano as autoridades sanitárias informam que no estado de São Paulo, muitos municípios estão com situação crítica em relação à dengue. No Brasil foi registrado um aumento de 57,2% dos casos notificados no mês de janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado.

Em Campinas, de acordo com dados divulgados pela Prefeitura, foram registrados 614 casos confirmados em janeiro e 274 em fevereiro, além de outros 3295 casos em investigação, que em 4 de março aguardavam resultados laboratoriais para confirmação ou descarte. Considerando a Região Metropolitana de Campinas (RMC), são 1808 casos confirmados, de acordo com estatísticas divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde.

Mas, por que, apesar de todas as campanhas de conscientização, ainda convivemos com a dengue?

Este ano, em especial, somado ao quadro de que esses são os meses de maior pico da doença, ainda temos a questão do clima, com a temperatura mais alta nos últimos meses do que a média histórica registrada no mesmo período nas últimas décadas.

Outro agravante é a crise hídrica na região Sudeste, que fez com que as pessoas passassem a armazenar água em reservatórios domésticos que podem servir de criadouros para o mosquito da dengue, caso não estejam protegidos de maneira adequada.

Dentre as medidas já conhecidas como, tampar caixas d’água, cobrir pneus, virar garrafas para baixo, entre outras, devemos tomar cuidado com vasos sanitários de banheiros pouco utilizados na casa, mantendo a tampa abaixada, assim como com os estoques de água, mantendo-os tampados quando não estão sendo utilizados. É sempre bom lembrar que basta uma gota de água para que o mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, coloque seus ovos.

O fato é que a dengue só será combatida quando o poder público e a população agirem, colocando em prática boas ações. Uma delas, já adotadas em algumas cidades do interior paulista, pode ser o plantio da crotalária, uma leguminosa que, ao ser plantada em terrenos baldios, quintais, jardins e vasos, cresce e, após cerca de 100 dias, floresce atraindo um predador natural do mosquito da dengue, a libélula. Esta, por sua vez, põe seus ovos em água parada, da mesma forma que o Aedes aegypti. Ao eclodirem, os ovos da libélula viram larvas que se alimentam de outras larvas, inclusive as do mosquito transmissor da dengue. A libélula adulta também se alimenta de pequenos insetos, com a possibilidade de diminuir a população de mosquitos transmissores da doença.

Claro que o plantio da crotalária como alternativa na luta pelo combate à dengue é válida, mas não podemos esquecer que a melhor forma de se evitar a doença continua sendo combater os focos de acúmulo de água.


Nota do Editor: Luciana Bonato é mestre em Epidemiologia pela Unicamp e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas – Taquaral.

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