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Opinião
16/03/2015 - 07h01
iPhone: anos-luz à frente do Android
Marcelo Maron
 
Experiências de um applemaniaco com o sistema Android

Sempre fui um applemaníaco, daqueles que faz uso de todas as lindas geringonças fabricadas pelo Steve Jobs. Sou fã do design, da forma de utilização dos aparelhos e sua interação, do sistema operacional, da tecnologia, enfim, de tudo. Sou do tipo que espera pelo novo iPhone a cada ano. Nunca soube o que era um smartphone que não fosse Apple. Até que começou uma certa dificuldade para enxergar de perto e cismei que queria um telefone grandão.

Imaginei que tela maior para navegar, facilidade para enxergar! Além disso, decidi que era uma ótima oportunidade para me livrar da escravidão da Apple! Com os tais pontos da fidelização, até que paguei barato por um aparelho novo, bem grande, com sistema Android. Pronto! Estava devidamente armado para a alforria da maçã.

No começo, tive algumas dificuldades para as devidas migrações, pois os sistemas operacionais são bem diferentes. Daí porque, como tenho tempo escasso, precisei da ajuda de um profissional para colocar tudo em ordem: e-mails, contatos, músicas e fotos.

E a experiência começou.

Mesmo com um aparelho de configuração teoricamente melhor que o iPhone, foi fácil notar que a agilidade que era a marca do aparelho da maçã estava definitivamente perdida. O “touch” parece o mesmo, mas não é, e só percebemos isso com o uso contínuo.

A tela grande era o meu consolo, afinal eu havia ingressado no mundo Android por causa dela! Busquei todas as novidades do mundo do sistema operacional do Google, comprei alguns aplicativos e baixei diversos outros gratuitos.

Ao mesmo tempo em que você tem muitas opções de compra, fica claro que a grande maioria dos aplicativos Android é de fabricantes de fundo de quintal.

Por ser tudo meio que “liberado”, torna-se mais difícil identificar os fornecedores sérios. Comprei calculadora financeira que não fazia alguns cálculos, coisas que congelavam, e que pediam acesso a todos os meus dados para serem baixadas. É como sair de um carro da Volkswagen ou Toyota para um carro chinês. As coisas funcionam, mas parecem notoriamente de uma linha inferior, não têm credibilidade.

Com algumas semanas de uso, comecei a perceber que a experiência não seria bem-sucedida. Imaginava até a maçã me sorrindo com ar de deboche e dizendo: “Não te disse?” Resolvi insistir! Não me dei por vencido. Continuei.

Queria aprender as novidades e tentava me consolar dizendo a mim mesmo que era apenas uma questão de hábito. Qualquer mudança é difícil, repetia para mim mesmo, há coisas boas e melhores até! Vá em frente cara, a tela é grandona! Decidi que se um dia resolvesse voltar ao iPhone, isso teria que ser uma decisão ultrarracional! Esse estado de espírito me levou a ter uma enorme boa vontade com o tal Android.

Mas o resultado foi mesmo o que você imagina. Ignorei as gargalhadas de desprezo da maçã e voltei para meu iPhone.

Mas por que?

Para começar, o Android não é intuitivo. A esta conclusão só chegará quem já usou os dois sistemas, como eu. Quem só usou Android, não sabe a diferença. É como ter dirigido um carro 1.0 na vida sem nunca ter experimentado algo mais potente.

Uma desculpa muito utilizada pelos usuários do Android é a questão da liberdade na área musical. De fato, você pode replicar seus arquivos mp3 em milhares de aparelhos, enquanto que na Apple você é escravo das músicas no iTunes. Mas acredite: não há um programa decente sequer para administrar suas músicas no Android.

Todos os programas que tentei utilizar foram ruins. O iTunes te dá oportunidades de criação e organização que o Android não dá. Concluí que prefiro a “escravidão” do iTunes, pois ganho em qualidade.

Depois de muita reflexão e tendo passado pela experiência de experimentar os dois mundos, penso que usa o Android quem se enquadra nos seguintes casos:

– A pessoa não tem dinheiro para comprar o iPhone, que é mesmo bem mais caro

– A pessoa usa Android e detesta mudanças, mesmo tendo dinheiro

– A pessoa acha que iPhone é sinônimo de EUA e ela odeia os EUA

Se você não se encaixa nas opções acima e quer mesmo o que há de melhor, não hesite. Voltei para meu iPhone com muito alívio.


Nota do Editor: Marcelo Maron é especialista em finanças pessoais e diretor executivo do Grupo PAR.

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