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Opinião
27/03/2015 - 07h00
Sinais de vitalidade
José Nivaldo Cordeiro
 

Dois sinais de grande vitalidade a sociedade brasileira deu nos últimos tempos, ambos sinalizando uma resistência contrarrevolucionária vigorosa. Como se sabe, nas últimas décadas o Brasil foi envolvido pela tática gramsciana de tomada do poder, sendo um dos seus focos a revolução cultural. Outro o aparelhamento ideológico dos formadores de opinião, notadamente a grande imprensa. O produto dessa revolução gramsciana foi levar sucessivos governos de esquerda ao poder, destruindo, no processo, a direita política. O processo revolucionário, todavia, parece que está sendo estancado de forma espontânea pelos brasileiros, o que é algo muito promissor, sem o concurso das forças políticas organizadas.

Um dos sinais foi a marcha do 15 de Março. Ali se fez o corte histórico, pois o povo foi, numeroso, às ruas para dizer da sua indignação e do seu inconformismo ante as práticas dos governantes. Não é mais possível fazer política sem levar em conta os anseios dessa multidão, em larga medida composta por conservadores. Essa gente poderá se multiplicar e há a possibilidade de se ver movimento muito maior no futuro imediato, como aquele previsto para o próximo 12 de abril.

Outro sinal alvissareiro é a notícia de que a nova novela da Rede Globo apresentou forte declínio da sua audiência, porque a temática gay e a exposição da depravação desbragada, para além da que tem sido feita, foram prontamente rejeitadas pela audiência. A Rede Globo tem sido o aríete da revolução cultural e o seu declínio é uma trava direta nesse processo. A população cansou de ser manipulada e de ver sua casa invadida pela indecência. Há um processo de conscientização dessa manipulação, o que fortalece o gesto de protesto do público para com a Rede Globo. Seus executivos terão que repensar a estratégia, pois essa via, para dizer o mínimo, deixou de ser comercial. Sem audiência não haverá dinheiro. Sem audiência o próprio poder da Rede Globo desaparece.

Note-se que esses sinais de vitalidade foram precedidos pela eleição de outubro. Certo que o PT ganhou a Presidência da República, mas é certo também que as oposições cresceram e especialmente o PMDB cresceu. O novo arranjo das forças políticas deu a presidência das Casas do Congresso Nacional ao partido do vice-presidente, que tem apoiado o PT em tudo, exceto na agenda mais carbonária. Eduardo Cunha tem sido um estadista na condução dos negócios da Câmara de Deputados e se tornou, provavelmente sem planejar e sem querer, a ponta da lança da contrarrevolução. Uma personalidade assim estava fazendo falta ao cenário político brasileiro. A agenda legislativa revolucionária foi posta completamente de lado por Eduardo Cunha.

Um outro fato positivo tem sido a atuação da Justiça Federal do Paraná, que levou adiante suas investigações do caso do petrolão, tornando réus personalidades graúdas do mundo empresarial e político. Até agora o trabalho tem sido exemplar e certamente as condenações, ao final dos processos, serão duras. Não é possível se cogitar anistia para a infringência do Código Penal. Nem mesmo aqueles casos enviados ao STF serão aliviados. A sensação de que foi dado um Basta! às impunidades tomou conta desse mesmo público que foi às ruas protestar e que boicota as novelas prostituídas da Rede Globo.

A possibilidade de impeachment da presidente é real e parece ter se tornado a única saída racional para o estancamento da crise política e da crise econômica. Vê-se a resistência aberta do PT e sua base aos ajustes propostos pelo ministro da Fazenda. Os ajustes são a categórica negação das convicções esquerdistas mais arraigadas, elas que, nos últimos anos, ficaram viciadas no gasto frouxo e na irresponsabilidade fiscal. Esse dissenso alimentará a necessidade imediata de impeachment, em face da incapacidade da Dilma Rousseff para governar. O país está economicamente paralisado e sem uma adequada resposta do poder público continuará assim. Remover Dilma Rousseff do poder parece ser o único caminho de sobrevivência da nação.

O tempo do reinado do PT parece estar no fim. Quem viver verá.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro (www.nivaldocordeiro.net) é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais.

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