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Opinião
02/04/2015 - 11h01
A força do Município...
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Nenhum eleitor está na União e nem no Estado; todos estão no Município. A frase, derivada da máxima do saudoso Franco Montoro, de que “ninguém mora na União e no Estado, mas no Município”, dá um bom exemplo da indiscutível importância da desprezada célula básica da comunidade no contexto nacional. Assim como ninguém mora na União e nem no Estado, todos nós, para todos os cargos eletivos no âmbito federal, estadual ou municipal votamos no Município. A mais nova contenda entre a voraz equipe econômica do governo, capitaneada pelo ministro Joaquim Levy, e o Congresso Nacional, está na redução dos encargos nos empréstimos das prefeituras. São mais de 6 mil municípios que entrarão (ou não) em colapso, dependendo de conseguir ou não a redução do coeficiente de juros em seus empréstimos. Só a prefeitura de São Paulo, a maior do país, poderá ter sua dívida reduzida de R$ 62 milhões para R$ 26 milhões. O mesmo percentual vale para as demais capitais e o restante dos municípios.

O prefeito de São Paulo já negociou com o governo para os novos índices valerem a partir de 2016. Ele é do PT e, com certeza, a questão partidária presidiu o acordo. Mas, com certeza, os demais municípios, entre eles outros dirigidos pelo PT, não terão razões para fazer esse acordo protelatório. Em crise com o governo federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros, investido em porta-voz dos municípios, garante que eles quebrarão se não obtiverem a repactuação dos juros da dívida.

Senadores e deputados sabem o que isso representa. Diferente da presidente Dilma, que “nunca antes concorreu a qualquer posto eletivo” e seus ministros banqueiros, os parlamentares sabem que dependem dos votos existentes no município – único lugar onde existem votos – para se reelegerem ao parlamento ou buscarem outros postos eletivos. Por mais fiéis que possam ser aos seus compromissos com o governo, esses senhores e senhoras, com certeza, evitarão o descontentamento de prefeitos e vereadores. Até porque sabem que sem esses líderes locais, não conseguirão voltar às casas legislativas ou alçar vôos para os executivos estaduais ou de grandes cidades.

Dilma, Levy, PT e todos aqueles que querem sufocar os municípios, precisam abrir os olhos. Não há argumento técnico capaz de levar um prefeito ou um vereador – os ditos cabos eleitorais de luxo e grande densidade local – a continuarem fiéis ao governo e ao governante se este os lançarem à miséria e à quebradeira. O prefeito e o vereador precisa ser consciente da força que tem. Assim como o elefante, se eles se conscientizarem de sua importância, será o mesmo que o elefante descobrir seu empuxo no contexto e transformar-se no dono do circo. Agora é a hora de prefeitos e vereadores mostrarem seu poder e a que vieram. Se o fizerem, responderão com dignidade e respeito às indagações dos eleitores. Até porque, ninguém mora na União e nem no Estado...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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