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Opinião
09/04/2015 - 17h07
Palavras pra que te quero
Dartagnan da Silva Zanela
 

É isso – Ele, o Cristo, é o caminho, a verdade e a vida. E você, é o que? Ele, o Verbo divino encarnado, ofereceu-Se em sacrifício por todos nós. E você, tem prova maior de amor a nos oferecer?

É simples assim – Onde a descrença grassa, viceja a desgraça.

Silêncio nosso de cada dia – O homem moderno foge do silêncio a todo custo. Em toda ocasião, em qualquer momento que seja, procuramos o conforto que nos é oferecido pelo alarido hodierno. Ora pelas multidões, ora pelas mídias, seja qual for o subterfúgio, pouco importando as dimensões dum ou doutro, ambos, cada qual ao seu modo, nos aliciam a fugirmos de nós mesmos e, consequentemente, a fazermos ouvidos loucos para os conselhos que nos são sussurrados por nossa consciência, o arauto de Deus que habita nosso íntimo.

Não é por menos que o mundo moderno seja tão agitado. Do mesmo modo, não é à toa que nos neguemos tão facilmente ao silencioso recolhimento em nós mesmos.

E estando todo imerso nessa confusa multitude de ruídos, podemos até afirmar que cremos em Deus, porém, sem estar crendo a Ele. Noutras ocasiões, podemos até dizer cremos a Deus, sem, necessariamente, estar crendo em Deus, tamanha é a nossa dificuldade de silenciarmos e compreendermos que é apenas Nele que somos, existimos e vivemos verdadeiramente, da mesma forma que grande é nossa vaidade que nos faz imaginar que somos algo independente Dele. Enfim, tal tolice facilmente seria sanada com uma boa dose dum generoso e contemplativo silêncio. Silêncio esse que não queremos nem saber de ouvir.

Mais um conselho do filósofo – Em 29 de janeiro de 2014 o filósofo Olavo de Carvalho disse, através duma publicação no Facebook, o seguinte: “Fórmula infalível. Antes de julgar quem quer que seja, sobretudo negativamente, certifique-se de que você já se tornou, de maneira mais ou menos estável e geral, alguém BONDOSO, VALENTE, HUMILDE e CAPAZ. Exija de si essas qualidades básicas e, quando as alcançar – porque ninguém tem as quatro de nascença –, seus julgamentos sobre os demais seres humanos serão razoavelmente justos, na medida do possível. Até chegar lá, contenha seu impulso de julgar. Praticamente todos os males do mundo vêm de que as pessoas exigem mais dos outros que de si mesmas”. Estando ciente disso, não diga, de jeito algum, faço minhas essas palavras. Não mesmo. Diga apenas: de agora em diante, faço minha essa atitude. Que tal? Pode ser?

Uma questão de temperamento – Não sou idealista. Na verdade, abomino esse cinismo travestido de hipocrisia. No fundo, não passo dum realista esperançoso. Só isso. O resto é bobagem.

Diminuta porção – Não sou um homem muito afeito aos bate-bocas que, em nossa cambaleante sociedade, convencionou-se chamar pela elegante alcunha de “debates”. Não mesmo. Prefiro fiar meu passo pelo silêncio dos estudos para guiar-me em meio a esse oceano de murmurações rancorosas que banha a alma nacional. Fazer o contrário parece-me apenas mais uma bobagem vaidosa. Mais uma entre tantas.

A parte que me cabe – Sei quem sou na ordem do dia e aceito estoicamente o pouco peso que minhas palavras têm. Certas ou erradas, minhas palavras nada movem a não ser minha carcaça e olhe lá.

Nessas condições, dissimular grandeza é posar de ridículo achando bonito o figurino de papelão e é por essa e outras razões que me privo dessa frivolidade contentando-me com o status de caipira escrevinhante. Isso já está de bom tamanho. Bom mesmo


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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