O Brasil passou a ter, nas últimas semanas, um novo herói: Grafite. O atacante do São Paulo passou a ser paparicado pela mídia, participa de todas as entrevistas futebolísticas, concede autógrafos, enfim, tornou-se a mais nova estrela nacional e internacional da luta contra o racismo nos estádios de futebol. Tudo por conta de um insulto recebido de um jogador argentino durante uma "caliente" partida de futebol válida pela Libertadores das Américas. O problema dos argentinos, todos sabemos, é se considerarem mais europeus que os próprios europeus. Mesmo tendo cara de índio, como Maradona, o argentino típico se considera um verdadeiro lorde inglês. Desde longa data, os brasileiros são chamados de "macaquitos", inclusive em manchetes de jornais portenhos. O insulto proferido pelo jogador argentino, chamando o negro Grafite de "negro de merda", não passa de insulto e assim deveria ser tratado. Enquadrar o lastimável episódio como racista não passa de um tango do crioulo doido. O insulto foi dito por um desbocado que deveria ser suspenso de jogar futebol durante uns 90 dias e pagar uma boa multa. Algemar o "branco de merda" e jogá-lo no xilindró por ter xingado o brasileiro não passou de mais um espalhafatoso espetáculo circense da atual onda do politicamente correto, melhor dizendo, do modo politicamente besta de pensar. Eu mesmo já fui muitas vezes xingado por crioulos de "branco azedo", "pindirriga" (corruptela de "pinho-de-riga"), "ruço" e outras belas alcunhas. Nunca pensei em processar um negro por racismo por proferir tais expressões. Afinal, amar e xingar são sentimentos comuns e normais de todos os seres humanos. Algum magistrado iria mandar prender o estádio inteiro por xingar o juiz de "bicha"? O que dizer de um crioulo que veste uma camisa com os dizeres "100% negro"? Que não passa de um negro 150% racista! Outros vestem camisas "orgulho de ser negro". Grande coisa! Estes me dão a chance de usar camisas "orgulho de ser alemão", um dia com a foto de Michael Schumacher, outro com a do Papa Bento XVI. Afinal, sendo descendente de alemães, também me caberia ter algum tipo de orgulho em função de minha raça, assim como se orgulham de sua raça os componentes dos movimentos negros. Já está provado que todos os seres humanos, independente da cor, são oriundos de uma Eva comum, a "Lucy", que viveu milhões de anos atrás no interior da África. Quando foi feita essa descoberta antropológica, muitos logo se assanharam e afirmaram que Beethoven era negro... Desabrochava aí, de forma implícita, o verdadeiro racismo, por julgar que um homem é superior a outro em função da cor de ébano de sua pele. Bobagem essa coisa de se orgulhar da raça branca, da raça negra, da raça amarela, da raça azul, da raça vermelha ou da raça cor-de-rosa. Temos todos 98% dos genes dos chimpanzés e somos todos componentes de uma única raça: a raça humana. Já passou da hora de brasileiros e argentinos descerem das árvores, onde pulam e grunhem todos como verdadeiros "macaquitos". Nota do Editor: Félix Maier é escritor e publicou o livro "Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização", pela Editora Thesaurus, Brasília.
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