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Crônicas
23/04/2015 - 15h03
Ressurreição como me contaram
Damião Ramos Cavalcanti
 

Quem mais pensa sobre a morte obviamente é o vivo, consequentemente deveria meditar sobre a ressurreição; também cogitar sobre o que faria, se tivesse pouco tempo de vida. A ressurreição é o retorno à vida e para uma vida infinitamente melhor do que a que se tinha. Diante de dias contados, antes da morte, há quem se dedique a prazeres maiores: à poesia; à escolha de amigos; a viajar por outras maravilhas da terra; a escutar mais Beethoven, Bach, Chopin, Handel, Villa Lobos, Vivaldi e Mozart; a cuidar mais do jardim; a usufruir o lazer; a praticar com pressa o “carpe diem”; e quiçá não odiar e amar mais do que antes. Talvez recomendar exigências para o funeral, como: quero enterro ou prefiro cremação. A ideia de ressurreição ameniza essas preocupações. Mas, o que falariam os ressuscitados sobre a vida?

Com certeza Jesus Cristo, sabendo que morreria e ressuscitaria, deve ter tido experiência vista por outro ângulo; ricas disso são a revelação, a paixão e a ressurreição, revividas nessa Semana Santa e nesta Páscoa. Paulo adverte que em vão é ser cristão sem acreditar que Jesus ressuscitou. Isso aconteceu àqueles que O seguiam, ao taxarem de “visionárias” as mulheres que visitaram o túmulo, não encontraram Jesus e teriam escutado de um anjo: “Não temais! Sei que estais procurando a Jesus, o crucificado. Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito... Ide contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos. Elas partindo depressa, com medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos” (Mt 28, 5 – 8).

É compreensível que a leitura dos evangelhos nos leve a interpretar que o recado passado aos discípulos lhes tenha provocado pouca fé, pois, consideraram as mensageiras fantasiosas. Mas Jesus, sempre surpreendente como nos descreve Eduardo Hoornaert, na sua obra ainda no prelo “Jesus em paralaxe”, perdoa a rudeza daqueles pescadores, passa pela porta fechada e se apresenta a eles, quando estava ausente Tomé que depois confessou só crer naquela história, se tocasse nas feridas do crucificado. Dias após, reaparece Jesus e desfaz o ceticismo de Tomé: “Põe teu dedo aqui nas minhas chagas e vê minhas mãos! (...) Não sejas incrédulo, mas crê! (...) Creste porque viste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20, 19 – 29). Caro leitor, não vimos, mas nos contaram; felizes os que, como nós, creram porque lhes contaram...

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