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Opinião
01/05/2015 - 17h13
Indefinições bem definidas
Dartagnan da Silva Zanela
 

Catinga moral – O cagão sempre fica valente junto com os seus. Por isso, uma multidão de cagões reunida sempre dá merda. Jamais alguma coisa que preste.

Assim diria Tiradentes – Contra a derrama de impostos, adversário da ingerência Estatal, contrário a estatolatria reinante, sou inconfidente. E inconfidente sigo caminhado em meu passo contra o Paço transbordante de iniquidades.

Sinistro – Um homem de um único livro é temível, porém, indivíduos de livro nenhum, escorados em um e outro diploma, são deformações abomináveis que sepultam a cultura e a humana dignidade.

A magnificência da baixeza – Antoine Albalat nos ensina que um talento nada mais seria que uma aspiração. Nesse sentido, o grande problema de nosso país não seria, exatamente, uma carência de talentos, mas sim, uma excessiva compulsão que almeja apenas ao que é baixo e vulgar. Uma constante cobiça por tudo que seja anódino. Cobiça essa que exige, obviamente, que essa mediocridade seja tratada com a honorabilidade devida apenas à magnificência. Resumindo o entrevero: dificilmente algo que preste pode nascer num ambiente como esse.

Sem rodeios (i) – Diga-me com o que você se distrai nas horas vagas que eu lhe direi o que você leva a sério.

Sem rodeios (ii) – Não é em nosso trabalho que nos dignificamos. São nas nossas horas de lazer que mostramos o quão digno somos.

Sem rodeios (iii) – Não é o trabalho em si que nos honra, mas a seriedade e a sobriedade com que realizamos nossas tarefas diárias.

O Brasil de lá e o de cá – Definitivamente, há dois Brasis. Um que trabalha e está sentindo as agruras da crise que está se instalando em nosso país. O outro é o Brasil dos que parasitam todos aqueles que trabalham. E parasitam sob a égide de defender o primeiro Brasil dos tentáculos do tal sistema ou de qualquer outro fantoche retórico.

Para tanto, faz-se necessário que eles, os defensores dos frascos e comprimidos, recebam uma fatia maior, bem maior, de recursos para poderem continuar esse magnífico e pornográfico trabalho que é nos representar e nos defender de toda e qualquer zelite.

Trabalho esse que eles dizem fazer com tanto zelo e presteza, mas que, na real, todos sabem claramente, não é preciso dizer, o que esses sujeitos representam e de que material eles são feitos, não é mesmo?

Sem rodeios (iv) – A evolução técnica que vislumbramos nos dias atuais é algo inegável. Pra falar a verdade, é fascinante. Digo: aliciante.

Até os vermes – O que torna a vida humana significativa é o “por que” vivemos. Esse “por que” embeleza-a e dá sentido a cada passo vivido por nós. Na ausência dum “por que”, e tendo a sua substituição por um desejo irascível, por um “como” viver, acabamos, irremediavelmente, portando-nos duma forma tal que até os vermes corariam de vergonha se ficassem diante de nós.

Direto das farpas – Ensina-nos Ortigão Ramalho que: “A categoria em que temos de classificar a importância dos homens deduz-se do valor dos atos que eles praticam, das ideias que difundem e dos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes”.

Do mal (i) – O mal prospera, e segue de vento em popa, quando as almas sebosas encontram um ideal mequetrefe para justificar os seus desmandos e malfeitos.

Do mal (ii) – O mal prospera, e segue orgulhoso, satisfeito, enquanto as almas amornadas, que se imaginam boas, cruzam seus braços na vã esperança de que as hostes sombrias dissipem graciosamente sem que elas tenham que lavorar contra a escuridão que espreita suas vidas.

Do mal (iii) – As trevas marcham, num passo acelerado, sem parar, especialmente quando imaginamos que suas garras estão distantes de nosso coração, quando presumimos que estamos imunes aos seus sortilégios. Quando nos portamos desse modo, perecemos sem a menor reação.

Do mal (iv) – Uma coisa que deve ser lembrada: as circunstâncias dum crime podem, até, atenuá-lo, porém, jamais essas podem justificar o ato e, muito menos, vitimizar o criminoso ao mesmo tempo em que se culpabiliza a vítima. Ponto.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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