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Opinião
02/05/2015 - 08h05
Os julgadores dos pareceres do Tribunal de Contas
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Tribunal de Contas é o órgão encarregado da fiscalização contábil, financeira orçamentária, operacional e patrimonial da União, estados, municípios e, das entidades de administração direta ou indireta, fundações por eles instituídas ou mantidas, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade na aplicação do dinheiro público. Acompanha, orienta e emite pareceres técnicos sobre a regularidade ou irregularidade das contas públicas.

Erroneamente, fala-se que o Tribunal de Contas julgou irregular esta ou aquela conta pública ou até que condenou o administrador. Essa confusão faz parte do embate político entre oposição e situação. O parecer do Tribunal de Contas, sempre é elaborado com muita pesquisa e rigor técnico, e emitido diretamente para o Poder Legislativo. Senadores e deputados (federais e estaduais) e vereadores, têm a prerrogativa de julgar as contas do presidente da república, governador do estado ou do prefeito. O grande problema é que, em votação simples, os parlamentares podem aprovar ou rejeitar o parecer, jogando-o na lata do lixo. Deveriam votar nominalmente e, com a obrigatoriedade de justificar detalhadamente o seu voto, declarando porque aprovam ou rejeitam o parecer. Dessa forma, a coisa pública estaria mais protegida, livre dos conchavos políticos e o povo teria a oportunidade de acompanhar todo o processo e, em não concordando com a decisão, além de saber como votou o seu representante, pedir o encaminhamento da matéria ao Ministério Público.

O deputado e o vereador são representantes diretos e exercem o mandato em nome do povo. Tanto que, a cada quatro anos, vêm pedir o nosso voto. Como julgadores das contas e dos atos do administrador público, têm poder até para cassar o mandato do governante que cometeu irregularidades. Mas seus atos deveriam ser mais transparentes à população. Pareceres elaborados por equipes tão especializadas quanto às dos Tribunais de Contas não deveriam ser rejeitados de forma tão simplória pois, dessa forma, sempre restará dúvida. Em se tratando do emprego do dinheiro público, não pode sobrar margem para desconfianças e o povo, legítimo dono de tudo, tem de ser devidamente informado para que, não concordando, possa bater em outras portas em busca de reparação dos supostos males ou imperfeições administrativas.

Não é à toa que os Tribunais de Contas foram criados. Embora sejam órgãos de apoio à atividade fiscalizadora do Legislativo, não há razão para a fragilização de todo o seu trabalho, elaborado por pessoal especializado e também custeado com o dinheiro público. As inconformidades localizadas nas auditorias e contidas nos pareceres não deveriam poder simplesmente ser ignoradas ao sabor dos posicionamentos ou interesses políticos vigentes. Cada problema apontado deve ser dissecado e esclarecido, até para a tranquilidade e a confiança do povo em seus representantes e nas instituições...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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