No Brasil, cerca de 10% da população sofre com problemas de asma. Esta doença, normalmente, é genética e pode aparecer em qualquer fase da vida. A boa notícia é que, com tratamento adequado, as crises podem ser amenizadas e os sintomas controlados durante todo o ano.

Neste Dia Mundial de Combate à Asma, 03 de maio, a dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, faz um alerta à população sobre a importância de ter um acompanhamento médico para que a asma não se torne algo muito mais sério, uma vez que pode levar à morte.

Mais conhecida como “bronquite asmática” ou “bronquite alérgica”, a asma é uma doença inflamatória crônica e, com o estreitamento dos bronquíolos, provoca bronco espasmo e a obstrução do fluxo de ar. Em casos mais graves, pode haver o impedimento da passagem do ar pelo sistema respiratório.

Este é um problema que, em dias frios e secos, onde o acúmulo de poeira e poluição são intensos, os pacientes acabam sofrendo com as crises, principalmente as crianças e os idosos que são mais sensíveis a estes “agentes externos”, os chamados alérgenos.

Quando a mucosa respiratória é agredida por agentes externos, envia um sinal de alerta para a medula óssea, que por sua vez produz células especiais de defesa. Este sinal é recebido como um ‘alerta de ataque’ ao aparelho respiratório e, literalmente, ‘contra ataca’ ao mandar células especiais que provocarão um processo inflamatório nas vias aéreas (brônquios) para expulsar estes ‘invasores’. Quem possui a doença descreve como um ‘sufocamento’, com muita tosse, falta de ar, cansaço, sensação de aperto e chiados no peito.

A especialista ressalta que a doença não tem cura, mas pode ser controlada e as crises evitadas e diminuídas. Desta forma, é necessário estar atento, inclusive a outros alérgenos, tais como: cigarros, ácaros, mofos, poeiras, pelos de animais, produtos com cheiros fortes (perfumes, incensos, tintas, vernizes etc.).

Para finalizar, a dra. Cristiane Dias destaca que é importante toda a família ter a consciência das causas que agravam as crises de asma, para criarem hábitos saudáveis, contribuindo assim para que as pessoas asmáticas não sofram tanto e possam ter uma melhor qualidade de vida.