Casais do mundo inteiro realizam o sonho de ter filhos através de técnicas de reprodução assistida
Falar da maternidade é dizer sobre um privilégio que não é de todas as mulheres. Diversas delas terão este ano seu primeiro dia das mães. Tantas outras passarão por um momento de angústia, pois ainda não conseguiram realizar este sonho. A maioria dos casais impossibilitados de gerar um filho, por motivos biológicos, emocionais ou simplesmente inexplicáveis, recusam esta situação. Quando o problema é infertilidade, técnicas de fertilização e os esforços de profissionais que se dedicam a esta missão podem solucionar o problema. Atualmente existem diversos tratamentos - coito programado, inseminação artificial e fertilização "in vitro" - que ajudam os casais a realizarem o sonho de ter filhos. O coito programado é conhecido também como "namoro programado". Isto ocorre quando o médico controla o dia da ovulação para que o casal possa ter relações sexuais a fim de ter uma maior chance de êxito na gravidez. Na Inseminação Artificial, ao invés das relações sexuais serem programadas, os espermatozóides são colocados dentro do útero através de um cateter. Outra forma de tratamento é a Fertilização "in vitro" - ICSI (Injeção IntraCitoplasmática de Espermatozóide), esta é a técnica mais sofisticada que injeta um único espermatozóide dentro de cada óvulo. São formados os embriões que se desenvolvem inicialmente no laboratório e alguns são introduzidos no útero. Segundo o Dr Arnaldo Cambiaghi, especialista em infertilidade do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina Reprodutiva - IPGO um detalhe importante precisa ser ressaltado. "Antigamente existia a diferença entre infertilidade e esterilidade. Atualmente com as técnicas de reprodução assistida isto praticamente não existe mais, pois quase todos os casais podem ter filhos", explica. Até mesmo casais que fizeram cirurgias para não terem mais filhos, podem reverter a situação e voltar a ter filhos. O direito de procriação está previsto na Declaração Universal dos Direitos do Homem (Paris, 10 de dezembro de 1998) que afirma que além da igualdade e dignidade, qualquer ser humano é livre para fundar uma família. Porém é consenso dos principais especialistas que o limite máximo de idade para uma mulher conceber é por volta dos 55 anos, mesmo que seja possível recorrer à fertilização assistida. "Existem inúmeros tratamentos, indicados para cada situação, desde os medicamentos, os processos cirúrgicos e de doação de óvulos e espermatozóides", complementa Cambiaghi. Felizmente, graças aos tratamentos de fertilização, o dia das mães agora pode ser comemorado por inúmeras mulheres anteriormente inférteis e que já possuem o orgulho de carregar no ventre o fruto de sua perseverança. Fonte: Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi, médico especialista em infertilidade do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina Reprodutiva - IPGO e membro da European Society of Human Reproduction and Embriology e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Autor dos livros Fertilização um ato de amor (2ª Edição, Ed. Edicon) e Manual da Gestante - Orientações especiais para a mulher grávida (Ed. Madras) e Fertilidade Natural (Ed. LaVida Press). O obstetra também ministra aulas, palestras e cursos para profissionais da área e o público em geral, através do Centro de Estudos do IPGO.
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