A Arte, antes que um emprego, é um dom que transcende a rotina mental do ser humano. Uma vida sem arte é apenas um ESTATUTO que todos têm que seguir à risca. Feliz a comunidade que tenha em seus representantes culturais, ARTISTAS, ao invés de burocratas. E artistas exercendo a sua arte, organizando e MOSTRANDO como se faz arte, para que ela não seja um manual a ser teoricamente discutido, mas um farol aceso sinalizando, na prática, caminhos que integrem o ser humano à própria arte de viver. Existe no Conselho Deliberativo da Fundart, formado pelo presidente e coordenadores de grupos setoriais, uma polêmica se funcionários e coordenadores de grupos setoriais poderiam apresentar seus próprios projetos artísticos à Fundação, o que NADA CONSTA nos estatutos da Fundart. A questão da não aprovação da Oficina de Teatro de Bonecos, desenvolvida por um verdadeiro artista, advém do fato dele exercer a função de chefe do setor de projetos, eventos e oficinas da Fundação. O interessante, é que o projeto dele foi pré-aprovado, para, em seguida, ser censurado e recusado. Incoerência? Como também não pode ser aprovado o projeto do coordenador do grupo setorial de música, por ser culpado de exercer esse cargo VOLUNTÁRIO E NÃO REMUNERADO. Mais um projeto precioso recusado pelo mesmo conselho deliberativo do qual ele mesmo faz parte. QUEM PERDE É A ARTE. É importante que a COMUNIDADE tome consciência que a arte não é emprego e quem tem o seu talento deve ter as portas abertas para ele. E que diga isso para seus céticos representantes. Se a Fundação de ARTE e CULTURA de Ubatuba não pode usar seus artistas porque estão ligados à ela, ela será então uma pobre Fundação SEM ARTE. Ubatuba, 1 de maio de 2005 (Dia do Trabalhador) Nota do Autor: Aiyan Zack (José Antonio Gordilho Teixeira de Freitas) é membro do Conselho Deliberativo e coordenador do Grupo Setorial de Artes Cênicas e Dança da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.
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