No Brasil vivem 180 milhões de pessoas. Foram entregues pouco mais de vinte milhões de declarações de renda ao fisco. E os outros, para não dizer o resto? O que acontece com os quase cento e sessenta milhões que permaneceram quietos? Não têm renda? Estão abaixo da renda mínima? São marginais? Os números, como as cartas, não mentem jamais. São alarmantes. Para aumentar os níveis de arrecadação, seria lógico ampliar o universo dos pagantes. Aumentar os empregos. Dez milhões de empregos viriam a calhar. Aqueles da campanha. Quem tem carteira assinada não paga imposto de renda. É assaltado. Diz o dito popular, aqui se faz, aqui se paga. No Brasil há uma sutil diferença, aqui se paga e pouco ou nada se faz. O retorno dos altíssimos impostos é pífio. Educação péssima, saúde sem comentários, estradas, portos, energia, tudo deteriorando, colapsando, enquanto os banqueiros enriquecem. Pleonasmo.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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