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Opinião
09/06/2015 - 17h00
Acabar com a dengue, uma tarefa
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Ministério da Saúde informa que investiu R$ 4,2 milhões no combate à dengue entre 2010 e 2014, uma soma só comparável ao seus grandes programas – DST-Aids e Mais médicos – e, mesmo assim, os gastos não ficam aí porque os pacientes de dengue que não carecem internação têm seus custos cobertos pelos programas de atenção básica à saúde. Ainda mais: estados e municípios têm gastos próprios com o combate à dengue que, este ano, se tornou epidemia principalmente no centro-sul-sudeste, cuja maior parte dos municípios se encontra em epidemia. A conta fala apenas dos custos preventivos e curativos, mas também existem e pesam na economia os dias não trabalhados pelos pacientes e os investimentos em formação e falta de retorno daqueles que morrem pelo mal. No quatriênio citado morreram 2544 brasileiros atacados pela dengue e, de janeiro a 9 de maio último, o número soma 290 mortos.

Declarado extinto no Brasil e em mais 10 países da América Latina no ano de 1958, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue só reapareceria no começo dos anos 70, quando a política continental do controle da infestação foi substituída pela idéia de atenção básica à saúde da população. Em 1976 já havia dengue em vários pontos do Brasil, em 1981 ocorreram mais de 10 mil casos em Roraima e em 1981 registrou-se a epidemia com mais de 1 milhão de doentes no Rio de Janeiro. A partir daí o mal alastrou-se e hoje está presente em todo o país.

As sucessivas mudanças no processo de enfrentamento do mosquito são, seguramente, responsáveis pelo estado de epidemia que hoje enfrentamos. A imprevidência dos governos que não adotaram medidas eficientes e a falta de consciência da população, cujos maus hábitos facilitaram a proliferação do inseto multiplicador, nos trouxeram à grave situação que consome elevadas somas de dinheiro público e impõe o sofrimento e perdas ao povo. Só agora é que surgem trabalhos com mosquitos transgênicos que, se derem certo, poderão eliminar a infestação através do inseto resultado da cruza do Aedes aegypti com o transgênico, que não tem a capacidade de reprodução. Todo esforço para eliminar o mosquito é fundamental, principalmente porque, além da dengue, ele também transmite as febres chikungunya e zika, outros males já presentes em território nacional.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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