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SEÇÃO
Crônicas
17/06/2015 - 15h00
Tenha paciência
José Luiz Boromelo
 

Nessa época atribulada em que as pessoas vivem correndo de um lado para o outro, a falta de paciência é a face mais visível desse novo conceito de vida moderna. No ambiente doméstico casais vivem às turras por deixarem o diálogo e a paciência de lado. Os filhos carecem de paciência para superar a fase quase sempre instável da adolescência. Os namorados brigam por qualquer coisa, por mais ínfima que seja. No trânsito a coisa é pior ainda. Sempre apressados, motoristas, ciclistas e pedestres travam uma batalha diária por um espaço cada vez mais raro em nossas vias públicas. Nos serviços essenciais nossa paciência é colocada à prova a todo o momento. Quem ainda não perdeu a sua, além do tempo precioso diante de uma fila completamente estática nas agências bancárias de nosso país? E o exercício de se manter a estabilidade emocional em dia não para por aí. Tente fazer alguma reclamação, solicitação ou coisa parecida para algum serviço de atendimento telefônico do tipo 0800. Além de esperar por um bom tempo e em alguns casos por horas o cidadão tem que ser dotado de muita paciência mesmo, para não mandar às favas os atendentes e ainda conseguir atingir seus objetivos.

Mas sem paciência não conseguimos nada, inclusive uma senha na madrugada para atendimento no caótico ambiente dos hospitais públicos, mais parecidos com um “front” de guerra. E haja uma dose cavalar dela ao esperar por dias e até meses para se agendar uma cirurgia, por mais urgente que seja. Exercite sua paciência para suportar o aperto nos ônibus, metrô e trens urbanos, comparados a latas de sardinha. Nesse caso específico, a paciência é um equipamento de porte obrigatório, pois a população não encontra alternativas para evitar esse tão importante meio de transporte.

Outras situações também colocam nossa pouca paciência à prova: ao ligar a TV temos a impressão que as emissoras competem entre si para nos brindar com o que há de pior; há que se ter ainda a paciência de Jó ao enfrentar longas filas para depositar nas urnas o nosso voto e outras tantas mais, que requerem uma dose extra dessa incrível capacidade em suportar as adversidades do cotidiano.

De tanto falar em paciência lembrei-me do saudoso amigo Anacleto, uma pessoa exageradamente tranquila, que não tinha pressa alguma na vida. O que ele mais tinha era paciência. Quando encontrava os amigos, vinha sempre com uma de suas tiradas impagáveis: “Tenha paciência nessa vida, pois tudo é passageiro. Menos o cobrador e o motorista”. Obrigado companheiro, por seu exemplo de como levar a vida com paciência, mesmo que ultimamente eu não tenha seguido à risca seus conselhos. E você leitor, que teve paciência suficiente para ler tudo isto, faça como o Anacleto: no seu dia a dia, tenha um pouco mais de paciência...!

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