Quadro de estresse e ansiedade pode causar desconforto estomacal e até levar a um quadro de gastrite. Alimentação e exercícios físicos podem ajudar
Acordar, preparar o café, levar às crianças à escola, enfrentar horas no trânsito, encarar a correria do trabalho, ficar no trânsito de novo para voltar pra casa e ainda frequentar eventos sociais. Ufa! São tantas atividades num único dia, que com o tempo o corpo pode começar a dar sinais de estresse. E quando isso acontece, um dos primeiros órgãos afetados é o estômago. Segundo Dr. Eduardo Moura, coordenador de endoscopia que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, isso acontece porque o estresse aumenta as secreções gástricas e a mobilidade do trato gastrointestinal. “A produção excessiva desse ácido afeta a mucosa interna do órgão, provocando dor, erosões e até úlceras. O líquido pode refluir ao esôfago e provocar mais desconforto, como a queimação no peito”, afirma o médico. Para aqueles que já sofrem de gastrite, o estresse pode causar a sensação de estômago cheio e queimação, náuseas, perda de apetite e, em casos extremos, levar a sangramento. “Primeiro, a pessoa deve se certificar com seu médico de que é realmente o estresse que está levando a este quadro. Ele pode pedir alguns exames, e passar alguns medicamentos para controlar os sintomas”, salienta o especialista. O melhor tratamento para problemas estomacais é o combate à origem do problema. Se os incômodos estão sendo causados pela correria do dia a dia, então o melhor a fazer é tentar reduzir o ritmo, e não somatizar os problemas. Em alguns casos, indica-se um tratamento psicológico para avaliar se não há problemas relacionados à alteração do humor. “Na verdade, é impossível evitar completamente o estresse. Afinal, ele é um mecanismo de defesa, que auxiliou a sobrevivência do ser humano. O problema é que o atual estilo de vida deixa as pessoas expostas a ele por muito tempo, o que afeta o corpo de várias formas”, salienta o especialista, que complementa: “Quando o estômago é afetado, se não houver um tratamento, o individuo pode vir a sofrer com gastrite e até úlceras”. Para manter a saúde do estômago em dia, o médico lista algumas dicas: – Vá ao médico: Não deixe de fazer uma avaliação médica para verificar se o problema é apenas de origem nervosa. “A endoscopia é recomendada a partir dos 35 anos, quando o sintoma persistir”, alerta o especialista. – Exercite-se: Faça exercícios regularmente. Eles ajudam a combater a ansiedade e liberam endorfina, que dá sensação de bem-estar. Mas evite exercícios logo após comer, pois eles podem causar mal-estar. – Mude hábitos: Não coma nada de difícil digestão antes de dormir. Dê preferência aos alimentos leves, para evitar produção excessiva de suco gástrico e possíveis refluxos durante a madrugada. – Coma bem: Alimentação saudável e exercícios também ajudam. Evite passar horas sem comer. Pequenas refeições de três em três horas são mais benéficas ao sistema digestivo e ainda aceleram o metabolismo, dando mais disposição e queimando mais calorias. – Saiba dizer não: Evite bebidas alcoólicas, café e frutas cítricas, como limão, abacaxi e laranja. Alimentos gordurosos e apimentados também são prejudiciais.
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