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Opinião
25/06/2015 - 07h00
Um pacto pela segurança pública
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Assistimos, nesta terça-feira, pela televisão, a perseguição feita por um policial da Rocam a dois ladrões que haviam acabado de roubar uma motocicleta, em São Paulo. A ação coincidiu com o horário em que o helicóptero da emissora sobrevoava a região da ocorrência. Tudo acabou indo ao ar, ao vivo. Os bandidos, na impossibilidade de fugir, atiraram um capacete contra o policial e abriram fogo. No revide, os dois ladrões acabaram baleados e o policial investigado pela corregedoria, que verificará se não extrapolou em sua reação. Em vez de receber o reconhecimento pelo serviço prestado, esse funcionário público vai ser questionado e, caso tenha se excedido, sofrerá punições. Há que se considerar, no entanto, que se o capacete o tivesse acertado ou mesmo a moto, poderia tê-lo derrubado e que, na hora do ocorrido, ele não sabia quantas armas possuíam os assaltantes que, tendo a oportunidade, poderiam alvejá-lo e até provocar sua morte. Portanto, foi consumada a tentativa de homicídio impetrada contra o policial e em consequência sua ação de legítima defesa.

Infelizmente, vivemos tempo de inversão de valores. Os contumazes inimigos da polícia vêem excesso em todas as suas ações e, com isso, os criminosos acabam se tornando vítimas. Jamais defendemos a violência policial, mas é difícil concordar com a figura generalizada de que a polícia sempre age em demasia. Aqueles mesmos que, ao menor problema, correm para denunciar violência policial, não fazem o mesmo quando o bandido leva a pior e o policial até morre. São dois pesos e duas medidas, lamentavelmente.

Precisamos, de alguma forma, recuperar o respeito da coletividade e principalmente dos bandidos para com o policial, que no seu trabalho representa o Estado. Todos deveriam ter consciência de que devem parar quando abordados pois, aqueles que não têm problemas podem, no máximo, ser fiscalizados e liberados. Ter a certeza que, se fogem ao sinal de parada, podem ser considerados suspeitos e perseguidos e, se reagirem, é possível até perderem a vida. Isso é assim em toda parte, inclusive nos países do chamado primeiro mundo, onde muitos gostam de buscar exemplos para o Brasil seguir. É necessário definir e difundir essa cultura aqui também.

Vivemos um momento crítico. Nunca a polícia prendeu tanto e nunca tivemos criminalidade tão alta. Os policiais estão sujeitos a normas e regulamentos rígidos, que se destinam a proteger a sociedade e, de quebra, sofrem a ação dos inimigos da instituição, muitos deles a serviço do crime. Temos de encontrar, urgentemente, um novo pacto para a relação das polícias com a população onde ambos os lados possam viver em comunhão, sem antagonismos nem queixas.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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