Que despertar de desejo é esse que acontece através dos nossos impulsos mais básicos e transforma os aromas, cores e sons em potentes instrumentos de manipulação? É o branding sensorial. Uma marca pode conversar com você sem que perceba, apenas na esfera das sensações. De acordo com dados de um estudo desenvolvido pela Universidade Rockfeller, o homem é capaz de memorizar aproximadamente 5% do que vê, 2% do que escuta, 1% do que toca e 35% dos aromas que sente. Além disso, o estudo aponta que o olfato aumenta em até 38% as compras por impulso. Diante de marcas que mexem com nossas sensações é inevitável sair para comprar um produto e não voltar com outros que não estavam na lista de desejos e necessidades. Trata-se de um instinto que nos impulsiona, provoca emoções e faz com que tomamos uma decisão de compra emocional e muito pouco racional. Imagine passar nas redondezas de um carrinho de nozes e amêndoas localizado dentro de um shopping. É praticamente irrelevante e imperceptível, mas se o aroma característico daquela marca estiver em ação, poucos sairão sem comprar um pacotinho. Outra situação típica é o cheiro do carro novo que nos proporciona a sensação de sucesso, realização. As fragrâncias são produzidas de acordo com o modelo do carro para criar um vínculo do consumidor com a marca do automóvel. Contando que um ser humano respira 5 mil vezes por dia é possível calcular o número de oportunidades que uma marca tem de provocar os instintos dos consumidores todos os dias. Com pequenas ações sensoriais a marca se instala na mente do consumidor, a experiência no ambiente comercial torna-se cheia de emoções e correlações inexplicáveis racionalmente, pois quem comanda não é você, mas seu instinto. Muito se percebe também com as cores e sons: dependendo dos objetivos do ambiente no varejo, tons determinados são potencializados com o intuito de envolver e causar emoções: ao som de uma música agradável, compra-se mais por impulso. Dependendo da cor você se sente mais ou menos atraído a comer, beber e consumir mais nos pontos de venda. A prática de atração sensorial se aplica a diversos segmentos desde restaurantes a varejistas e setor de serviços. Sun Tsu, o mestre da Arte na Guerra, disse: “a glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar”. Com o branding sensorial tudo vira lazer, sedução velada e, consumo. Respire fundo, pois não tem saída. Nota do Editor: Regina Nogueira é coach, consultora empresarial e fundadora da Regina Nogueira Coaching e Consultoria (www.reginanogueira.com.br).
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