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Opinião
30/06/2015 - 11h06
Puna-se o vazador, esse malfeitor
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os últimos dias foram marcados pelo criminoso vazamento – seletivo ou não – de denúncias sobre membros do governo e parlamentares supostamente envolvidos no escândalo das propinas pagas por empreiteiras com o dinheiro sujo retirado da Petrobras. São revelações que sacodem a República mas não contribuem para a sua estabilidade e desenvolvimento e, por causa disso, deveriam ser evitadas e punidas com o devido rigor, pelos efeitos colaterais que provocam.

Os informes que alguém tem feito chegar aos veículos de comunicação que, tendo-as, cumprem o seu dever de informar a população, são elementos sigilosos de delações ou investigações constantes em processos que ainda chegarão a um julgamento e ao apenamento dos envolvidos, de acordo com o dolo ou culpa apurados. Trazê-las a público antes de concluído o ciclo de levantamentos, por mais democrático que seja, causa danos aos envolvidos, ao processo e à própria sociedade. Se o acusado realmente praticou os delitos que se denuncia, ao saber que é alvo de denúncia, vai se precaver, destruir provas, tentar obstruir a instrução processual e fazer tudo para que a verdade não venha à tona. Se a acusação for mentirosa, ele (acusado) sofrerá um prejuízo irreparável em sua imagem, que não se recuperará nem depois de provada a inveracidade dos fatos, pois sempre haverão dúvidas. Como se tratam de ministros, parlamentares e outras figuras de destaque, o simples ato de terem de “administrar” a situação adversa os afasta de suas funções no governo, no parlamento e nos negócios públicos que dependem de sua atuação.

A Operação Lava-Jato e suas diferentes fases constituem um avanço da sociedade brasileira contra a corrupção e a impunidade, um ciclo iniciado com o julgamento (tardio) do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Os resultados são visíveis e, por si, demonstram a seriedade do trabalho, muitas vezes considerados de excessivo rigor. O vazamento de informações ainda não apuradas pode comprometer a credibilidade desse trabalho de alta envergadura e até gerar elementos extraordinários de defesa para envolvidos. É preciso acabar com essa prática que pode favorecer os verdadeiros criminosos, punir injustamente inocentes e conturbar o governo e a política nacional. Os vazadores têm de ser identificados, processados e devidamente punidos para que não venham a poluir e colocar a perder o trabalho de combate à corrupção que, bem sucedido, poderá representar a verdadeira redenção brasileira.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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