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Opinião
02/07/2015 - 07h14
A saída é pela porta do crescimento
Frank Sowade
 

Imersa no ambiente recessivo, pressionada pelo aperto fiscal e outras medidas governamentais que incentivam o baixo ritmo da atividade econômica, como cortes de gastos e redução de investimentos, a indústria da mobilidade aplicou os remédios conhecidos para reduzir a produção para um mercado não comprador e guiado pela incerteza e pelo pessimismo, conforme atestou a última avaliação conjuntural feita pela FGV.

Infelizmente os remédios são amargos. Parece que estamos pouco a pouco entrando em um círculo vicioso de más notícias, geradas pela queda da atividade que leva à redução de postos de trabalho e de consumo, e esta, por sua vez, diminui a atividade.

De fato um diagnóstico rápido da crise econômica brasileira atual aponta para a desaceleração, uma vez que o equilíbrio tênue de nossas contas externas e as medidas para garantir o fluxo de recursos financeiros diante da crise de liquidez deixam pouco espaço para manobras da equipe econômica.

Porém, o que se impõe como alternativa de uma recessão anunciada desde 1982 pela estagnação da produção industrial, certamente não é a continuidade da política de austeridade com aumento de impostos e de juros, desemprego e inflação. Antes é preciso deter o processo recessivo.

Isso passa por ações pragmáticas como o ajustamento das contas externas, que geraria condições para a recuperação interna com planejamento de médio e longo prazo, juros menores, retorno de investimento, geração de postos de trabalho e do consumo, com inflação sob controle.

Assim como Keynes enxergou na crise de 1929, agora também precisamos de soluções positivas para a recuperação econômica, as quais não estão no alcance das empresas, mas podem ser desenvolvidas no bojo de políticas industriais de fomento da atividade produtiva, do emprego e da renda.

Com essas soluções restauraríamos a confiança e o otimismo do mercado, fermento para o desenvolvimento econômico de qualquer país. O papel do setor público deve ser o de garantir investimentos, remanejando gastos em custeio e subsídios, com foco na redução dos déficits orçamentários.

Convivemos com uma imensa capacidade ociosa que poderia ser explorada com a intensificação dos esforços de substituição de importações e de acordos bilaterais, práticas que também têm sua reconhecida eficácia. Em resumo, é preciso que o governo atue. O Brasil não pode parar.


Nota do Editor: Frank Sowade é presidente da SAE BRASIL e diretor de Operações da Volkswagen Anchieta.

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