05/08/2025  23h37
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
12/07/2015 - 08h03
O financiamento das campanhas eleitorais
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Ao estabelecer a redução do período da campanha eleitoral e limites para as doações de custeio, a Câmara dos Deputados, nas suas votações da última quinta-feira, conseguiu avanços. É preciso buscar incessantemente a verdade contábil dos mandatos eletivos e acabar com os casos de políticos que gastam mais em campanha do que vão ganhar durante todo o mandato conquistado nas urnas. Partindo da premissa de que ninguém trabalha gratuitamente ou paga para trabalhar, não é demais pensar que os eleitos nessas condições chegam aos postos conquistados com a disposição de praticar algum tipo de corrupção.

Andaram bem os parlamentares quando decidiram impedir as empreiteiras e outros prestadores de serviços públicos a doarem a candidatos concorrentes ao mesmo nível da administração em que têm seus contratos de fornecimento de matérias-primas ou mão-de-obra. Na medida em que ajuda a eleger quem vai administrar seu contrato de trabalho, a empresa não está doando mas investindo no seu mercado, e fica em condições de exigir contrapartida, até a ilícita vista grossa para o superfaturamento e a fraude nas licitações. Pode, também, essa empresa ser vítima de coação ou ameaças de maus administradores e não conseguir receber os créditos pela prestação de serviços sem fazer doação eleitoral ou pagar propina.

Os esforços da Justiça Eleitoral e do Ministério Público na análise das prestações de contas das campanhas e dos eleitos têm feito o nosso processo eleitoral melhorar. Mas, mesmo assim, ainda é pouco. A legislação ora em votação, que limita as doações e cria outras regras, tende a melhorar ainda mais o processo. Evidente que muitos parlamentares que hoje votam a matéria estão “cortando da própria carne”. Mas é uma necessidade que, cada dia mais, se faz presente ao nosso processo político-eleitoral.

À guisa de ser democrático, o processo eletivo brasileiro foi negligenciado durante muito tempo. Décadas atrás tivemos o criminoso transporte de eleitores, a boca de urna, a doação de benesses em comitês e outras corrupções que, felizmente, hoje não existem mais. Agora é preciso regulamentar os gastos de cada partido e candidato e, principalmente, inspecionar a licitude do dinheiro com que fazem campanha. Se seus jatinhos são declarados e se não ocorre o mecenato eleitoral. Uma democracia com eleições baseadas em caixas dois, fraudes e coisas do gênero, não pode ser chamada de democracia, jamais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.