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Opinião
28/07/2015 - 17h00
Valsas e boleros marcados
Dartagnan da Silva Zanela
 

Cartografia existencial – A vida é toda marcada de inesperados ocasos que, ao seu modo, dão o tom do nosso destino, de nossa caminhada por esse vale de lágrimas. Entre a linha mestra de nossa peregrinação e os imprevistos que a afrontam, temos as nossas decisões frente a uma e diante dos dissabores inesperados que marcam o rumo que iremos seguir nessa insólita jornada de imprevistos, singrando por uma cartografia toda formada por nossas mal fadadas escolhas.

Arrepender-se – Nem sempre arrepender-se é uma atitude dignificante. Tudo depende do que nos leva ao referido ato. Se for por temor a Deus, perfeito. É apenas a Ele que devemos prestar contas de todos os nossos feitos e malfeitos.

Se não vergamos nossa consciência a Ele que é a Verdade, acabamos caindo na mais rasteira egolatria que nada mais é do que um turvo reflexo dum desmedido temor do mundo.

Por crermos ser senhores de nossa vida e de nossos caminhos nos perdemos frente ao mundo e em nós mesmos. Não que não sejamos dotados de vontade e que ela não seja livre. Não é disso que se trata. O problema reside no fato de que sem a Luz da verdade nossa capacidade volitiva perece nas garras de nossas paixões, facilmente manipuladas pelos tentáculos dos desatinos mundanos que acabam tomando o lugar da realidade, do trono da verdade, tornando vãos nossos atos de vontade e pífios nossos juízos de contrição.

E tenho dito – Todos entendem que não existe sistema político imune a corrupção. Até as crianças estão cientes disso. Se bobear, até meu cachorro. O que não dá pra engolir, mesmo, é a sistematização da corrupção que hoje impera em nosso triste país. Definitivamente, o caboclo tem que ser muito canalha pra querer tentar justificar essa esbórnia injustificável, ou muito idiota para acreditar que todo esse tenebroso quadro seja algo normal.

O idiota objetivo – Dum modo geral os sujeitos que se gabam tanto de serem racionais são justamente aqueles que não sabem a diferença que há entre razão e racionalismo. Eles dizem ser profundamente objetivos; falam de tudo e sobre todos com base apenas em suas observações tão subjetivas quanto idiotas. Ou seriam elas subjetivas por que idiotas? Não sei precisar. Sei apenas que eles se acham o máximo. Sei também que quando um elemento desse naipe começa a dizer que isso ou aquilo deve ser engolido porque seria uma suposta “verdade cientificamente comprovada” pode ter certeza que ele não sabe o que diz. Não sabe como se comprova algo, como se faz isso cientificamente e, principalmente, nunca se importou sinceramente com a tal da verdade, seja ela científica ou não. Resumindo: qualquer pessoa que se porte desse modo é um belo exemplar de idiota da objetividade.

O espírito de bando – Militonto é um bichinho que apenas sobrevive em bando. Se eles estiverem sozinhos, os danados perecem. Não suportam o silêncio semeado pela solidão que faz ecoar em suas alminhas as mais óbvias verdades. Sua moribunda consciência individual estremece só de pensar nessa possibilidade.

Diante dos verazes sussurros da obviedade eles sucumbem numa tristeza existencial de dar dó, similar a uma síndrome de abstinência. Por isso é imprescindível que eles, os militontos, vivam em rebanhos ou que, ao menos, de tempos em tempos se reúnam com seus semelhantes para que possam reforçar a sua alucinação coletiva e, desse modo, não correrem o risco de despertar de sua alienada e desconcertante condição.

Ideologia de gênero – Duma vez por todas entenda-se uma coisinha: pecar é um mal, porém, o grande dilema não é esse. Todas as almas que peregrinam por esse vale de lágrimas são pecadoras, principalmente esse cretino que agora escrevinha. O problema fundamental que hoje nos desafia é o desejo de fazer do pecado um projeto de vida, de elevar a sua prática a categoria de “virtude” e, é claro, sentir orgulho dele ao ponto de exigir que o mesmo não apenas seja tolerado, mas sim, reverenciado por todos, sem exceção. Ou seja: deseja-se simplesmente edificar o império da iniquidade. É isso que os prosélitos dessa ideologia querem, em resumidas contas. É tudo o que essa perversão chamada ideologia de gênero quer realizar nesses tristes trópicos.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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