A indicação de se tomar pelo menos dois litros de água por dia é praticamente um senso comum entre médicos. Mas determinadas embalagens de água mineral podem oferecer riscos à saúde. "Geralmente, as preferências dos consumidores são baseadas no gosto, embalagem e preço. A grande maioria, na hora de comprar uma garrafa ou um galão de água, desconhece o fato de que pode haver contaminação", diz o Dr Alze Tavares, nefrologista do Hospital Paulistano, de São Paulo. O médico alerta para os três tipos principais de contaminação da água. "Na hora de comprar uma embalagem de água, as pessoas costumam não levar em conta um fator fundamental, que são as condições às quais estão sujeitos os garrafões. Normalmente, as embalagens ficam expostas ao calor e à falta de higiene. Além disso, pode haver contaminação da água por agentes químicos (chumbo, arsênico e benzeno), agentes físicos (partículas de vidro, plástico ou metal), e microbiológicos (bactérias, vírus e parasitas). É importante checar a procedência da fonte, bem como verificar se tem aprovação do Ministério da Saúde. Na dúvida, vale ferver a água por um minuto antes de consumir". Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças são transmitidas pela água. O nefrologista adverte, também, sobre os riscos que pacientes renais correm ao ingerir certos tipos de água mineral. "Há alguns tipos de minérios que podem ser altamente prejudiciais aos portadores de doenças nos rins. Uma água que contenha altas concentrações de cálcio, em comparação com magnésio, por exemplo, acentua problemas de cálculo renal, fazendo com que as pedrinhas cresçam mais rapidamente", diz o médico.
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