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Opinião
31/07/2015 - 11h21
Bruxas e a ignorância
Célio Pezza
 

O grupo Estado Islâmico (EI) decapitou na semana passada, na Síria, duas mulheres e seus maridos, todos acusados de bruxaria. As execuções ocorreram diante de uma multidão que apoiou a decisão. A acusação era de que nas suas casas foram encontrados amuletos feitos de papel com escritos costurados em um pedaço de tecido. Isso foi considerado bruxaria e por essa razão perderam suas cabeças.

Segundo dados do Legal Human Rights Center, do Departamento de Estado Norte Americano, somente na Tanzânia, na África, houve cerca de 500 mulheres mortas por suspeitas de bruxaria em 2013 e esse número tende a aumentar. Em 1982, o governo criou a Lei da Bruxaria, onde criminalizava a prática e pretendia evitar que a população ignorante fizesse justiça, mas, na verdade, essa lei legitimou a crença na existência de bruxaria e as mortes aumentaram.

Na Índia, perto de 200 mulheres e crianças por ano são vítimas e qualquer doença na família é motivo para suspeitar de bruxaria e condenar uma pessoa à morte. Quem mata acredita que está fazendo um bem à sua comunidade e existiu um caso em que uma pessoa matou sua tia e levou sua cabeça cortada até uma delegacia para mostrar que tinha matado uma bruxa. Isso acontece no mundo atual, inclusive na América do Sul.

No nosso vizinho Paraguai, em uma aldeia perto da capital Assunção, uma mulher foi acusada de ter causado uma doença à sua irmã através de bruxaria. Os chefes da aldeia prenderam a mulher e deram um prazo de um mês para que ela tirasse o feitiço; como isso não aconteceu, ela foi assassinada perante os membros de sua família.

O mês de julho é celebrado como sendo especial para todo tipo de magia e bruxarias, por ser o sétimo mês do ano. Começa no dia primeiro, como o Dia das Dríades, ou ninfas que habitam as árvores, em especial o carvalho, e que podem emprestar seus poderes aos seres humanos.

Também temos o dia 16 de julho conhecido como Dia do Sono das Fadas, uma tradição irlandesa que diz que este é o único dia do ano em que as fadas adormecem. No dia 18 de julho temos o Dia de Isis (protetora da natureza e da magia) e de sua irmã Néftis (deusa dos desertos e da morte), deuses egípcios que representam as coisas que existem e as que estão por vir. Também temos o dia 21 de julho, que era o primeiro dia das Neptunálias, em homenagem ao deus romano Netuno, deus dos mares e dos terremotos (Poseidon para os gregos).

Infelizmente, os fatos recentes das mortes das “bruxas” nos mostram o quanto temos de ignorância atualmente e esperamos que este mês de julho, com toda sua tradição, traga mais luz para o mundo.


Nota do Editor: Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.

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