A gestação é um momento de grande importância na vida de uma mulher e, como tal, deve ser valorizada para que a formação de um novo ser aconteça de maneira saudável. Independente do desejo de não engordar muito, é de extrema importância que a gestante aprenda a se alimentar de maneira correta. O que muitas mulheres não sabem é que existem alimentos que não ultrapassam o cordão umbilical e, como conseqüência, seu armazenamento se dá nos tecidos periféricos. Pães, bolos, salgadinhos, pão de queijo, massas folhadas, pastéis, chocolate, milho, doces, bebidas alcoólicas, arroz, batata, bolachas e sucrilhos são alguns exemplos destes alimentos. Ao contrário, carnes de boi, ovos, peixes, fígado, frutos do mar, legumes, verduras, leite, grãos como soja, queijos e iogurtes são alimentos que atravessam o cordão umbilical. Portanto, são benéficos e devem ser ingeridos pelas gestantes ao longo da gravidez. Como exemplo, para uma paciente de 40 anos, grávida de um mês e com peso de 49 kg, sugeriu-se uma dieta à base de proteínas, vitaminas e sais minerais. Ela restringiu o consumo de todo tipo de carboidrato, a gordura, café, bebidas alcoólicas, doces, pastelaria, frituras, salgadinhos e sorvetes. Mas manteve a ingestão de carboidratos complexos e gordura de origem vegetal - como óleo de canola e azeite. A paciente evoluiu com o ganho geral de apenas 6 kg nos 9 meses de gestação, com ótimo estado geral, sem anemia ou fraqueza. E o bebê nasceu com 3 kg, super-saudável. Se fizermos os cálculos: 6 kg - 1 kg de líquido amniótico, 1 kg de volume sanguíneo, 1 kg de placenta, 3 kg do feto. Conclusão: nenhum ganho extra de peso para a parturiente, que após o parto apresentava o mesmo peso inicial! O que as mulheres devem lembrar é que é perfeitamente possível gerar um bebê com o máximo de aproveitamento da ingestão alimentar, sem ganho de peso para a paciente. Para isso, basta observar esta regra: Dieta Café da manhã: 1 copo de leite desnatado 1 banana com aveia Lanche da manhã: Vitamina mista (cenoura, beterraba, leite e maçã) Almoço: 1 bife de fígado acebolado com abobrinha refogada, salada de rúcula, tomate, pepino, ovo cozido e 1 batata pequena. Lanche da tarde: 1 pera Jantar: Escalopinho com purê de abóbora, salada de acelga, alface, berinjela e chuchu. Ceia: Leite morno com canela Claro que este é um exemplo básico de um cardápio. Cada gestante deve ter um acompanhamento nutricional personalizado. O importante é saber que é possível viver este momento tão importante sem exageros ou excessos e, o principal, garantindo uma alimentação adequada para o bebê. Nota do Editor:· A Drª Sylvana Braga é médica especializada em medicina celular, ortomolecular, reumatologia e fisiatria. Formada pela UFRJ, faz parte do staff do Hospital das Clínicas- SP, na divisão de medicina de reabilitação.
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