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Opinião
03/08/2015 - 07h06
Informações que salvam
Henrique Pereira
 

O sistema de saúde brasileiro tem grandes desafios pela frente, sendo um deles o envelhecimento acelerado da população. Hoje, as pessoas com 65 anos ou mais representam 7,9% da população, mas em 2030, os idosos representarão 13,4% dos brasileiros. O incremento vem acompanhado do aumento das doenças crônicas associadas à idade, de tratamento longo e custoso. As ações para enfrentar esse já esperado aumento de custos do sistema de saúde devem ser tomadas imediatamente como forma de garantir a sustentabilidade do atendimento aos pacientes. A preocupação com a gestão deve ser redobrada, reduzindo custos e eliminando desperdícios.

Para tanto, precisamos de informação constantes de como estamos gastando o dinheiro da saúde, onde estão os desperdícios dos recursos. Além disso, precisamos saber o que funciona e o que não funciona, e informação sobre como deve ser a conduta para melhorar o cuidado ao paciente ao mesmo tempo em que controlamos os custos de seu tratamento.

Vivemos numa era de multiplicação das informações por vários meios tecnológicos. A internet facilitou a atuação de todos os profissionais, oferecendo respostas para inúmeras questões em apenas alguns segundos. Para o profissional de saúde, porém, não basta qualquer “informação”. Ele deve se pautar por dados relevantes, confiáveis e aplicáveis. A área da saúde exige critérios rigorosos para as tomadas de decisão, com evidência de qualidade – que, infelizmente, não é tão fácil de ser encontrada. A pressão pelo aumento da produção de artigos científicos acabou por criar um volume imenso de trabalhos dúbios e de pouca qualidade, dificultando a busca de informação para essa tomada de decisão. E se não bastasse, os meios de comunicação contribuem na propagação desse tipo de trabalho, criando nas pessoas a ilusão de que tudo que é publicado é verdade.

Cabe aos profissionais de saúde – do enfermeiro à beira-leito até o gestor do serviço – questionar se o que está sendo praticado é a melhor opção e buscar o que há de melhor informação disponível no momento para o seu trabalho com o paciente, e não simplesmente seguir a lógica e o refrão “isso sempre foi feito assim”. A medicina, infelizmente, ainda é considerada uma “arte” por muitos, mas ela precisa ser “convertida” em ciência, embasada em evidência – é essa abordagem que tornará a medicina mais previsível e exata no futuro.

O período frágil e custoso da velhice será beneficiado neste futuro que está logo ali. Muitas vezes, basta uma única informação confiável (gerando uma única conduta) para melhorar substancialmente a qualidade de vida de um idoso. Para que isso seja possível, os jovens profissionais de saúde precisarão dessa informação hoje – afinal, serão os pacientes de amanhã.


Nota do Editor: Henrique Pereira, gerente de negócios da Truven Health Analytics no Brasil.

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