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Opinião
04/08/2015 - 07h11
Agosto, o mês das tragédias
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Agosto. o mês das tragédias na política nacional – suicidou-se Getúlio, renunciou Jânio, morreram Juscelino, Arraes e seu neto Eduardo Campos, então candidato à presidência da República – começa cheio de interrogações e maus presságios. O Congresso Nacional volta do recesso com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, declaradamente na oposição e em condições de colocar em votação projetos-bomba (que complicam o governo) e movimentando-se para dar tramitação aos pedidos de impeachment à presidente Dilma Rousseff. A presidente enfrenta o julgamento de suas contas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) onde, se forem rejeitadas, podem ensejar o seu impedimento. Mas também é ameaçada pelas denúncias de irrigação de sua campanha de reeleição com o dinheiro sujo vindo da Petrobras, em apuração no âmbito da Operação Lava-Jato que, ao amanhecer desta segunda-feira 03/08 prendeu o ex-ministro José Dirceu.

Depois de ter reunido os 27 governadores e deles tentar um “pacto de governabilidade”, a presidente Dilma recebe 80 parlamentares para um jantar no Palácio da Alvorada. Em suas comunicações pelas redes sociais, comporta-se humilde e conciliadora e, pelos meios de comunicação do governo, acena com 200 cargos de livre nomeação em oito estados e outros dez de segundo escalão, em Brasília. No auge de seus problemas, até admite diminuir o número de ministérios para dar cara de austeridade ao governo.

Noutro ramo da crise, o MST – que sempre recebeu o apoio e a condescendência do PT e do governo petista – invadiu a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, para protestar contra o ajuste fiscal. Servidores públicos federais estão em greve e prometem aumentar o movimento até chegarem à paralisação total. Prefeitos, atropelados pela baixa na arrecadação e nos repasses estaduais e federais irão esta semana a Brasília para pedir dinheiro. No Rio Grande do Sul, o governo estadual, sem meios de pagar o funcionalismo, dividiu em três o pagamento dos salários e enfrenta manifestações e greves, até na segurança pública.

Agosto está apenas começando. Oxalá se encontre soluções para os dramas que hoje se apresentam sem que o povo seja obrigado a pagar com sofrimento os desatinos cometidos por aqueles que colocaram no governo e por aqueles que estes levaram para dentro da máquina estatal. Que tudo termine bem, sem a repetição da tradição trágica do oitavo mês do ano na política nacional...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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