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SEÇÃO
Crônicas
06/08/2015 - 15h00
Outra terra nesse mundo
Damião Ramos Cavalcanti
 

Já ouvi taxar de loucura as vezes que Carlos Aranha escreveu sobre um planeta estranho, com denominação estrambólica, mistura “insoletrável” de consoantes, vogais e números: GB240Pi. Li também em Bráulio Tavares essa curiosa invenção, lembrando as revistas de Flash Gordon, ficção científica ou Antoine de Saint-Exupéry criando planetas para as viagens interplanetárias do Pequeno Príncipe. Esses amigos cronistas, com tanto assunto aqui em baixo, ficam mirando o além das estrelas, descobrindo, a olho nu, o que o vulgar não enxerga ou procurando coisas melhores que este mundo não mais oferece. Visionários? Talvez, foram assim taxados os que pediram barcos para descobrir terras no além-mar, já então motivados pela poesia: “Navegar é preciso”, do “visionário” Fernando Pessoa. É, os poetas imaginam mundos que, às vezes, acontecem...

Sempre pedi a mim mesmo só morrer depois que visse gente de outro mundo, nem que fosse alma penada, errante no escuro, já que os medos da infância se foram... Contudo, prefiro alienígenas à alma para me darem certeza de que Deus não criou apenas a humanidade de Balzac, engenhosa em artifícios, em defeitos, com as más “virtudes” da inveja, da ganância, da violência, enfim, do egoísmo que causa corrupção e que macula a beleza humana. Encontrei, na vida, pessoas excepcionais como a magnânima Adylla Rabello; também uns taxados de louco, de excêntrico; “marginalizados”, mas que não pisam na lama do rio fora das suas margens; do rio que seca a fonte, polui a vida, o caminho e o mar. É quando o mar é preciso...

Dias atrás, confirmou-se o que Bráulio e Carlos vinham escrevendo: Há planeta como a Terra, com nome diferente dos da nossa Galáxia, quase como placa de carro: Kleper – 186 f. Sei que muito antes desses dois, o terrestre Giordano Bruno falou “a loucura” de que, fora do nosso sistema, há outros sistemas. Por isso, a Inquisição o queimou vivo numa fogueira; mas não negou, ele afirmou, com toda convicção e contra o antropocentrismo, que nós não somos os únicos... Recusada a sua estraneidade, esses “doutores” o torturaram, mas ele resistiu e morreu em pé, amarrado entre chamas... Essa “nova” Terra é semelhante à nossa, com condições de vida, apenas bem maior, o que significa inexistência dos “sem terra”. Por lá, Bráulio e Aranha, existiriam viventes, gente como a gente? A cultura deles seria relativa ou universal? Que lá não haja ouro...

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