Os americanos devem colocar as barbas de molho. "Vamos invadir sua praia". A invasão será feita pelo México. Depois de atravessar o Rio Grande encheremos as prisões americanas de tal forma que eles não saberão distinguir quem está preso de quem está solto. Para muita gente é melhor viver preso nos Estados Unidos e comer três vezes ao dia. A coisa aqui no Brasil está difícil. Fora uma pequena parcela da população, que vive concentrada em grandes centros do Sul, os demais estão literalmente sem perspectivas, esperando um futuro que nunca chega. O jeito é dar no pé. Os americanos não sabem o que os espera. "O brasileiro não desiste nunca", diz a propaganda oficial. Vale à pena correr risco de morte ou de cadeia. Horrível é a deportação. Voltar à barbárie. Afinal de contas, a morte é parte da vida. O que não está no script é a morte civil. Não é humano, embora seja o estado em que vivem os brasileiros, mais de cem milhões deles. Sem terra, sem emprego, sem atendimento médico, sem "escola" para os filhos, sem auto-estima. Um bom slogan para o Brasil seria: "o povo sem". Sem nada, nem mesmo esperança. A última morreu após a eleição passada. Morte civil, o Brasil é a ante-sala do além. Deve ser do paraíso, o inferno é aqui. Espero que ninguém interprete mal as minhas palavras. Não estou culpando o governo pela situação. Ela vem de longa data. Apenas eu gostaria de ver algum movimento, por menor que fosse, capaz de dar ânimo ao povo. Vejo apenas propaganda. Demagógica, mentirosa, enganadora. Feita com apuro técnico de dar inveja à Goebbels. Vazia e cara. Esse dinheiro gasto para perpetuar Lula no poder será inútil. A ficha da massa está começando a cair. Quando isso acontecer, ninguém reverterá o movimento descendente. Plano inclinado sem atrito. Seria bom se houvesse uma alternativa. Infelizmente não há. Sai Lula, volta Malan. Jesus, socorro! Nada mudará. Estamos condenados a chafurdar na lama, essa é a triste realidade. Só a educação poderia reverter o quadro sombrio. Educação, quesito fora de questão.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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