Eu fui, juntamente com a família, ao espetáculo dos Menestréis no teatro de Caraguatatuba. Eu fui! O teatro Mário Covas lotou. Quase que a totalidade era de gente de Ubatuba, que queria prestigiar seus filhos e conhecidos. O pessoal fez bonito, o público amou toda aquela energia que pulsava da turma que se esmerou muito. Aquela moçada, na sua maioria, são alunos de escolas públicas. Dentre eles vi vários caiçarinhas: Jônatas, filho da prima Edilene e do Guido, os primos Rassany e Sarah, gente dos Ferreti da antiga colônia italiana da Praia da Fazenda. Na percussão, caprichando no ritmo, fez bonito a Ludimila, da prima Neide e do saudoso Dito. Outros tantos rostos estavam naquele rodopiar de energia. Coisa boa! Agradeço as escolas que abriram suas portas aos divulgadores desse projeto. Infelizmente, conforme afirmou a coordenadora do grupo, algumas diretoras não quiseram dar essa chance aos seus alunos. A Oficina dos Menestréis de Ubatuba desta vez apresentou “Lendas e tribos” como reflexão sobre a diversidade humana (fadas, duendes, surfistas, hippies etc.), merecendo destaque a história da resistência dos negros no Brasil e na África do Sul. Posso afiançar que, depois deste espetáculo, novas mentalidades desalojarão antigos preconceitos. A arte também serve para isto. Da página própria dos Menestréis, retirei: Em 1981, o cantor e compositor Oswaldo Montenegro, passou a trabalhar com um novo método para dirigir seu elenco, com o intuito de atingir maior agilidade, noção de conjunto e atenção dos atores. Essa metodologia foi adaptada por Deto Montenegro, irmão de Oswaldo, com o fim de levar um treinamento artístico para profissionais de todas as áreas. Em 1993, Deto estabeleceu sociedade com o ator e diretor Candé Brandão, criando a Oficina dos Menestréis, uma empresa de Teatro Musical. Em Ubatuba, a Oficina dos Menestréis iniciou seus trabalhos em 2010 com a professora de dança e produtora Luciana Chaer, que já havia participado de várias peças da Oficina em São Paulo, juntamente com o Diretor Candé Brandão. O meu desejo é que essa juventude voe muito, enxergue outros horizontes, muito além das atuais formas de mesquinhez, de corrupção, do egoísmo, de ganância... Enfim, de tanta falta de amor, sobretudo ao meio ambiente e à cultura que herdamos. Parabéns ao pessoal que preparou essa imensa turma. Muita força, muita garra para o que vem por aí. Tudo de bom mesmo!
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