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Opinião
22/08/2015 - 12h03
O Brasil, as instituições e o trabalho
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Após a denúncia ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, os partidários do governo sentem-se aliviados e registram o enfraquecimento da tese do “impeachment” da presidente Dilma. Os governistas mais explícitos pedem o afastamento de Cunha e parte dos oposicionistas o defende. Abrem-se outras fontes de discussão que passam a concorrer com as propostas de afastamento da presidente e do PT. Ao mesmo tempo, a economia nacional amarga a crise que reduz a produção, fecha postos de trabalho e infelicita a população.

Tanto Dilma quanto Eduardo e todos os acusados de terem praticado ou se beneficiado por malfeitos devem ter o seu direito de defesa preservado como pontos básicos do estado democrático. Mas esse mesmo estado de direito exige a mais séria apuração dos fatos para, diante da verdade, condenar ou absolvê-los, na justa extensão do seu envolvimento.

Não se deve querer derrubar Dilma Rousseff pela simples suposição de que ela sabia ou que sua campanha foi beneficiada por dinheiro do “petrolão” ou de outra fonte suja ou, ainda, que tenha cometido improbidade administrativa ao aplicar as denominadas “pedaladas fiscais” para fechar as contas deficitárias do governo. Mas também não se pode deixar de apurar as denúncias e suposições para, ao final do trabalho, restar a certeza do cometimento ou não das irregularidades e, com essa base sólida e indubitável, optar pelo afastamento ou continuidade do seu governo.

Da mesma forma, Eduardo Cunha, Fernando Collor e todos os demais – políticos, cidadãos e corporações – denunciados ou que vierem a sê-lo, têm o direito de se defender e a sociedade o dever de puni-los caso fique comprovado o cometimento de ilícitos.

Em vez de viver a “guerra” de manifestações – contra ou a favor – o Brasil precisa do trabalho sério e honesto de todos os brasileiros. O governo tem o dever de desenvolver políticas administrativas, o parlamento precisa apreciá-las e votá-las para que cumpram sua finalidade, e a sociedade tem de usar seu tempo, força e representatividade para o trabalho. Os achaques, malfeitos, roubalheiras e comportamentos antissociais não podem continuar dando o tom da vida nacional. Para deles cuidar há a polícia, o Ministério Público e a Justiça que, em momento alguns, devem ser atrapalhados em sua tarefa. Afastar (ou não) políticos eleitos deve ser conseqüência de processos decorrentes da ação de cada um deles e da boa apuração dos fatos; jamais resultado de movimentos e pressões de grupos emocionalmente instruídos e insuflados por interesses e conveniências...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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