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Opinião
11/05/2005 - 06h27
Brasileiros pagam o preço da humilhação no Brasil
Cláudio Boriola
 

O dito "estou endividado" é o mais aplicado à realidade das pessoas e empresários brasileiros, pois a grande maioria não está conseguindo sobreviver em um país que tem a taxa de juros mais alta do mundo. A elaboração do Planejamento Financeiro de acordo com a capacidade de ganhos não é utilizada há décadas devido à falta da Educação Financeira.
 
Os nossos governantes precisam se conscientizar que as pessoas necessitam retomar o poder de compra, sair das estatísticas da inadimplência sem pagar o preço da humilhação "juros mais alto do mundo", e as empresas necessitam urgentemente de um capital de giro para se manterem com as portas abertas, coisas que não acontecem nos dias de hoje.

Lamentavelmente, acontece justamente o contrário: As grandes empresas recebem generosos financiamentos do sistema financeiro com juros abaixo dos praticados em mercado, juros estes em torno de 6% ao ano, com carência de vários meses para iniciar o pagamento, enquanto aos pequenos resta arcar com juros praticados em média de 6%, 8%, 10% ou até, 12% ao mês "sem qualquer carência".

Aos grandes, juros anuais; aos pequenos, juros mensais.

A grande e comprovada verdade é que, em menos de um ano de existência mais de 70% das MPEs (Micros, Pequenas e Médias Empresas) paralisam suas atividades, devido os resultados não suportarem cobranças das altas taxas de juros e serviços bancários. E os bancos privados são os maiores responsáveis por desativá-las.

Enquanto isso, a população também sofre com a falta do poder aquisitivo. A constatação é vivenciada no dia-a-dia com o aumento da taxa de inadimplência em todo o país. As pessoas compram, e quando chega no dia do vencimento da parcela, o dinheiro acabou. Será que a "moda" é gastar acima da proporção que se ganha? Ou a lei da oferta e procura está abaixo do valor "dinheiro" ou as pessoas e as empresas estão gastando além de suas condições reais?

Gerenciar para manter o patrimônio, marcar tudo na "caderneta", ditado antigo pouco utilizado nos dia de hoje, é extremamente importante para controlar o orçamento familiar e empresarial, independente da renda ou faturamento.
 
Você compra tudo, recebe seu talonário de cheques, seu limite é constantemente alterado para maiores valores, recebe cartão de crédito com limite invejável, sempre sendo bem tratado pelo gerente que procura atendê-lo da melhor maneira possível, oferecendo todos os produtos comercializados pelo banco, tais como seguro de vida, seguro de veículos, previdência privada, conta poupança etc... Enfim, tudo às mil maravilhas com todas as reciprocidades.

De repente, acontece o inesperado, o inevitável, um negócio mal elaborado, problemas de saúde ou com a família, inadimplência dos clientes, desfalques no caixa da empresa para uso particular etc...

E aí você passa a dever ao banco. Por um motivo qualquer o gerente mudo o seu comportamento. Não é mais tão atencioso como era antes, ele dá inicio às pressões psicológicas, que vão crescendo diariamente.

Tudo começa assim: enquanto você for efetuando depósitos para amortização da dívida, à qual são acrescidos juros e correções monetárias absurdas e proibitivas por Lei, o relacionamento com a instituição passa a ser superficial, porém, se você não consegue amortizar o valor devido, as coisas se complicam ainda mais...

Para estimular o consumo e mascarar as informações aos consumidores em geral, os órgãos de proteção ao crédito, apenas tem interesse nas divulgações quando as pessoas deixam de ter o seu nome lançado no rol de "maus pagadores", mas não divulgam a quantidade diária existente de novas inclusões.

Em outras análises da realidade dos brasileiros, observamos que os comerciantes estão sempre se queixando de suas vendas, vivendo apenas de esperanças. Enquanto isso, o seu saldo devedor na conta corrente cresce vertiginosamente virando uma bola de neve impagável, que ao "fritar dos ovos" chegam a patamares significativos de 439% de juros ao ano.

Uma pesquisa realizada recentemente nos chama muito a atenção. Estamos falando de 142 milhões de brasileiros que estão com o seu nome sujo nos órgãos de proteção ao crédito. Será que esse número alarmante ainda não despertou atenção das nossas autoridades que governam o País?

Até quando iremos pagar o preço da humilhação?


Nota do Editor: Escrito originalmente por Cláudio Boriola - Consultor Financeiro, Palestrante e Autor do livro Paz, Saúde e Crédito - O livro que vai mudar a sua vida, batizado por Paulo Henrique Amorim como a "bíblia dos endividados", especializado em Administração Financeira, Economia Doméstica e Direitos do Consumidor.

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