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SEÇÃO
Crônicas
26/08/2015 - 09h02
Mães de luto
José Luiz Boromelo
 

Hoje é um dia especial, em que uma pessoa especial completa mais um ano de vida. Seu sorriso sincero encanta aqueles que, como eu, conseguem ver em suas palavras, seus gestos, suas atitudes, um ser humano diferente. Diferente pelo modo de pensar, de agir. Diferente pelo modo suave e discreto de falar, de sorrir. Dessa forma, eu posso dizer, com absoluta certeza que hoje, eu vejo você.

Eu vejo você no aroma que exala das flores coloridas da primavera ao frescor do orvalho da manhã, quando a mãe natureza nos brinda com seus melhores perfumes. Eu vejo você na chuva que cai engravidando a terra, fazendo brotar a semente no solo fértil. Eu vejo você nas nuvens do céu que se movem ao sabor das correntes de vento, desaparecendo no horizonte. Eu vejo você na imensidão solitária do deserto, nas mais elevadas montanhas e nas insondáveis profundezas dos oceanos. Eu vejo você no brilho magnífico da lua cheia e também no calor escaldante do astro-rei. Eu vejo você nas criaturas tão distintas que habitam esta terra e que foram todas concebidas por um único Deus.

Eu vejo você na profissional competente, dedicada, que se entrega de corpo e alma ao seu trabalho, sem jamais reclamar da carga horária excessiva. Eu vejo você na esposa meiga e carinhosa, que apesar da dupla jornada, ainda encontra tempo para dar atenção àquele que caminha a seu lado nessa vida terrena. Eu vejo você na mãe afetuosa, comprometida com a educação dos filhos, que não mede esforços para lhes mostrar o rumo certo a seguir, apesar dos exemplos diários de desagregação familiar.

Eu vejo o seu reflexo na imagem da mãe de Jesus e tento mensurar a dor que ambas sentiram, ao verem seus filhos partindo precocemente para o plano divino. O Dela, pregado cruelmente num madeiro, para a remissão de nossos pecados; o seu, levado por um, entre tantos outros desígnios do Criador, como a nos mostrar a permanente condição humana a que estamos sujeitos. Sendo assim, a matéria passa a ser instrumento e não a finalidade das coisas divinas. Mas eu vejo nas duas mães a fé inabalável, a esperança que faz seguir adiante, a força e a coragem para superar as adversidades dessa vida.

Eu vejo em você o retrato da superação, da firmeza de caráter e do amor ao próximo. Sei que encontra refúgio nas palavras sábias Daquele que um dia, doou sua própria vida para nossa salvação. Minha grande amiga, que tenha um abençoado aniversário e que esse dia seja repleto de lembranças, mas também de esperanças e de fé. Porque hoje, neste dia todo especial, eu vejo mães de corações enlutados. Eu vejo você.

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