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Opinião
29/08/2015 - 08h02
Eliminar o objeto da corrupção
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Primeiro o Mensalão e agora a Lava-Jato. A revelação desses dois esquemas criminosos vem jogando por terra a reputação de políticos, empresários e corporações tidos durante décadas como verdadeiros símbolos das liberdades públicas, da moralidade e da competência técnico-empresarial nacionais e até internacionais. Foram bater com os costados na cadeia indivíduos tidos e havidos como grandes figuras da cena nacional, cujas apurações revelaram não passarem de reles corruptos agindo em conluio na tarefa de sustentar os esquemas políticos que os proporcionam continuar faturando criminosamente e, inclusive, sustentando o enriquecimento ilícito. Por conta dessa engenharia criminosa, governos podem ser interrompidos, políticos de diferentes níveis são e serão processados e, revelado o “modus operandi”, muita falcatrua ainda poderá vir à tona.

O trabalho anti-corrupção, além de obrigação profissional do Ministério Público, Polícia Federal, Justiça, órgãos e entidades correlatas, é patriótico. Pelo que vimos até o momento, é difícil prever os futuros desdobramentos e qual a extensão dos malfeitos. É possível que mais órgãos públicos, políticos, prestadores de serviços e atravessadores ainda sejam identificados e tenham destino análogo aos envolvidos no Mensalão e na Lava-Jato. Estados e municípios também poderão, dentro de suas proporções, terem seus desvios do sagrado dinheiro público para o sustento de campanhas políticas e/ou para o enriquecimento irregular.

Estamos nos aproximando de uma nova campanha eleitoral. Em outubro de 2016 serão eleitos os novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos mais de 5 mil municípios brasileiros. Até agora não se vê novas leis ou normas para evitar a repetição dos atos de corrupção sob o argumento de financiamento das campanhas eleitorais. Embora esteja impactado pela crise, o Congresso Nacional precisa se pronunciar claramente quanto ao custeio das campanhas. Definir o que pode e o que não pode, estabelecer regras para o uso dos jatinhos e produção do material que transforma os candidatos, muitas vezes, numa enganosa mercadoria oferecida ao eleitor.

Além das apurações, processos, prisões e outras providências anti-corrupção, é preciso quebrar o círculo vicioso onde os corruptos assaltam o dinheiro público e ainda têm a justificativa de que o fazem para garantir a democrática eleição dos governos. É preciso evitar a finalidade dos desvios e punir com todo o rigor que os cometer...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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