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Opinião
15/09/2015 - 07h04
O povo, a crise e a urgência
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O governo se esforça por cortar despesas, seus derradeiros apoiadores (os movimentos sociais) avisam que protestarão se sofrerem cortes em áreas ditas “sociais”, o funcionalismo poderá restar com reajuste zero num momento em que diferentes categorias já fazem greves por reajustes diversos. De outro lado, a economia sofre com a recessão e se contamina com os desarranjos políticos. O país vive, sem dúvida, uma amarga encruzilhada que coloca a perder conquistas sociais e econômicas consolidadas durante décadas de esforços e trabalho de todos os brasileiros. A presidente Dilma Rousseff perde, seguidamente, a base aliada, os apoios tradicionais ao PT e é abandonada até por parte do seu partido, que entende ter chegado ao ponto de exaustão.

Nas últimas semanas, vem ganhando robustez a luta pelo impeachment. Por um lado, seus aliados dizem não haver motivos para um processo dessa natureza, mas de outro há pendências que podem conduzir à declaração do cometimento de improbidade administrativa e, finalmente, estará consumada a motivação. Além de jurídica, a questão e política.

A nuance perversa desse quadro é o colapso que se desenha na vida nacional, de milhões de cidadãos que só querem trabalhar e viver e vêem cada dia mais escassas as oportunidades de poder fazê-lo. A maioria silenciosa da população está tensa à espera de uma solução para o seu dia-a-dia. Pouco se importa se Dilma sai ou se Dilma fica no governo. O importante é que haja governo e este exerça o seu papel.

A população que até agora não se manifestou é infinitamente maior do que a classe política que negocia posições, os ditos movimentos sociais que lutam por benesses e os ativistas que – pagos ou não – têm ido às ruas. Essa verdadeira representação do povo está apreensiva e à espera de um desfecho. As forças representativas da sociedade têm o dever de respeitar a grande coletividade que sabe apenas trabalhar e não participa da ação política. Não pode esperar que, por desespero, ela saia às ruas, pois o resultado disso é imprevisível.

A presidente Dilma precisa ter a grandeza de, se constatar ingovernabilidade, renunciar. As forças políticas, empresariais e sociais do país devem à sociedade o seu trabalho pelo restabelecimento nacional. Independente de qual seja, o Brasil carece de solução urgente, urgentíssima. 


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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