(1) Quem age como se a vida fosse uma festa sem fim, acaba não realizando nada na vida que seja digno de festejo. (2) Quando o júbilo se apresenta antes da conquista é porque o vazio e a nulidade são as únicas realizações possíveis no horizonte, as únicas coisas que, de fato, a vista e as mãos podem alcançar. (3) Quem procura na embriaguez aparentar fortuna desconhece a felicidade e não compreende o tamanho da maldição que é trazida pela ebriedade. (4) Quem trata pessoas desprezíveis como se fossem almas adoráveis e dignas de atenção, não queira exigir da vida apreço e respeitabilidade. (5) Quem não sabe desprezar o que é ignóbil não sabe o que é valorar e, com o tempo, acaba se tornando um indivíduo desprovido de qualquer valor. (6) Aconselhar um anódino a fazer o que é certo é como falar com um cachorro pra ele não fazer xixi fora do jornal. Pior! Às vezes o cão te entende. O medíocre, dificilmente. (7) É um claro sinal de decadência de todo uma época quando a arte passa a ser produzida unicamente de acordo com o mau gosto do público massificado, duma multidão praticamente reduzida à animalidade. (8) As artes, bem como a educação, existem para elevar as massas de sua vulgaridade, não para serem nivelas a ela. (9) Os petralhas andam tão sensíveis que basta o vulto do Pixuleco aparecer em qualquer horizonte do Brasil que eles babam e choram de raiva. (10) Numa terra onde o povo é estulto, onde a elite é inculta e os intelectuais não passam dum bando de canalhas, a democracia é, no máximo e na melhor das hipóteses, um slogan publicitário malfeito; e olhe lá. (11) Em terra de petrolão, quem tem olho é Pixuleco. (12) Qualquer um que diga que na Venezuela impera uma democracia, bom sujeito não é. Ou é mau caráter inconfesso ou militonto lelé. (13) Todo aquele que fica com aquela firula de que tudo tem uma explicação social, no fundo, não passa dum medíocre que interpreta tudo a partir de sua nulidade. (14) Será que o atual sonho das forças armadas é bater continência pro Maduro, Evo Morales e tutti quanti, num desfile de 07 de setembro, cantando o pai nosso chavista no lugar do hino da independência? Será? Mistério... (15) Somos surdos e cegos de coração. Incapazes de ver o óbvio; de ouvir o que é gritante. Por isso apegamo-nos, tão facilmente, a qualquer bengala ideológica, a qualquer bagatela que seja para não acabarmos caindo de cara na realidade. (16) Podemos apenas ouvir a palavra de Deus quando calamos a boca das palavras do mundo e, principalmente, quando fechemos o nosso bebedor de lavagem mundana. Caso contrário, o néctar dos céus pode até ser derramado sobre nós, mas não encontrará abrigo em nosso coração. (17) Quanto do seu precioso tempo você dedica a meditação e reflexão dos ensinamentos Celestes? Qual é a real atenção oferecida por você ao Deus que fala misteriosamente conosco? Já sei: você não tem tempo pra esse tipo de coisa, mas acredita piamente Nele, não é mesmo? Pois é, estou sabendo. Estou sabendo, todo mundo sabe, do que é feita a tua preciosa fé. (18) Toda e qualquer prática ocultista não passa de uma caricatura obscena das grandes religiões. Por isso, essa mania pseudo-intelectual de leitor de manual de sociologia, de cartilha marxistoide de história e de livretos de confusa filosofia, de colocar tudo, religiões e práticas ocultistas, no mesmo balaio, é um claro sinal da tremenda confusão espiritual que hoje impera em nossa sociedade pós-civilizacional.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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