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Opinião
29/09/2015 - 17h04
As falanges da degradação
Dartagnan da Silva Zanela
 

(1)
Não se pode fazer o bem se apenas nos preocupamos em fingir sermos bons. E mais! De tanto fingirmos sermos bons-moços, acabamos por perder todos os critérios que nos permitem diferenciar a bondade dos simulacros dela. Não é à toa que hoje testemunhamos tamanha inversão de valores.

(2)
A realização de qualquer vocação exige da alma certo grau de concentração. Quanto mais centrado for o indivíduo, mais profícua será sua personalidade; quanto menor for sua capacidade de concentrar-se, maior será a dispersão de sua existência e, consequentemente, acabará por tornar-se uma evacuação humana ao invés de realizar uma humana vocação em sua vida.

(3)
Todos estão indignados com o que os comuno-petistas estão fazendo involuntariamente para poder continuar tocando adiante o seu projeto rubro e sujo de poder. Estão porcamente se limpando de sua lambança com o nosso suor. Pois é. Porém, o que por hora me acalma é que a tranqueira poderia ser bem pior. Bem pior mesmo. Eles poderiam já ter realizado plenamente o seu sonho totalitário. Se isso já tivesse ocorrido, aí sim meus caros, haveria choro e ranger de dentes nos quatro cantos do Brasil. Mas não te apoquente! Se continuarmos nesse trote, cedo ou tarde esse triste dia irá chegar.

(4)
Em casa onde a educação não fez morada, todos falam o tempo todo ciosos por serem ouvidos, porém, ninguém escuta ninguém porque ninguém tem tempo pra parar e ouvir o outro e, por isso mesmo, a razão não chega nem mesmo a bater na porta de entrada desse simulacro de lar.

(5)
O que muitas vezes identificamos como sendo a tal da nossa personalidade não passa de uma invencionice maltrapilha que os outros vestem em nós e que, na maioria dos casos, por não ter-se uma personalidade pra dizer que é nossa, acabamos por vesti-la como se fosse mesmo.

(6)
Uma pessoa que não procura oferecer o melhor de si, que praticamente nunca cogitou realizar o que há de melhor em sua alma para fazer feliz quem diz amar, jamais amou algo que não fosse seu próprio umbigo, pouco importando o teatrinho bufo que o caboclo apresente para dissimular o contrário.

(7)
Quem nunca negou a si mesmo, não sabe o que é amar. Quem jamais se sacrificou por alguém não é digno dum pranto sincero.

(8)
O coração que é governado pelos mais rasteiros desejos que emporcalham a personalidade humana é incapaz de reconhecer que o amor é o farol que guia a alma rumo à eternidade.

(9)
O grande problema não é libertar o indivíduo humano, mas sim, que ele saiba o que fazer com a dita cuja.

(10)
O Estado brasileiro, definitivamente, é como uma grande porca de cria rodeada de leitões dentudos. Quando um perde a teta por mordiscá-la demais no mamar, outro a toma, gulosamente, ao mesmo tempo que outros tantos lhe enfadam com os olhinhos sedentos, aguardando a sua vez para se esbaldar, torcendo para que sobre algum para seus imundos beiçinhos.

(11)
Toda vez que o governo lembra-se de mim, com aquele papo meloso de cidadão pra cá, contribuinte pra lá, tenho vontade de sair correndo porque sei que o bicho vai feder. O problema, o único probleminha, é que não tem pra onde fugir, nem mesmo um cantinho bom pra gente se esconder da mordida do disgramado que, invariavelmente, não é pequena não.

(12)
Bem que o Estado brasileiro poderia, para o bem geral da nação e regozijo irrestrito da população, passar a sofrer cronicamente de anorexia tributária e não mais dessa insuportável glutonice fiscal.

(13)
Não é assim tão importante curtimos ou compartilhamos algo. O que realmente importa é que, de fato, curtamos tudo aquilo que compartilhamos e, é claro, que compartilhemos aquilo que francamente curtimos. Todo o resto não passa de bobagem e vileza da alma humana.

(14)
Mais assustador que o chupa-cara e o curupira é a dona Dilma, de mandioca em punho, mandando algum serviçal dizer que os gastos da lambança serão marcados em nossa caderneta e que, por isso, segundo sua trupe, devemos dizer obrigado, muito obrigado, obrigado mesmo por essa belíssima... que foi feita com o nosso país.

(15)
Quando algo morre em nosso íntimo, o fedor é exalado através de nossos atos, gestos e palavras.

(16)
Todos as pessoas que são investidas de autoridade se esquecem com muita facilidade e leviandade aquelas abençoadas palavras que vaticinam que àqueles que muito foi dado, muito será cobrado.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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