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Medicina e Saúde
06/10/2015 - 16h09
O lado negro do Outubro Rosa
 
 
Para especialista em gênero, a cor utilizada na campanha não transmite a mensagem correta

O Outubro Rosa, campanha de conscientização no combate ao câncer de mama, tem ganhado destaque nas organizações, empresas e órgãos públicos. O movimento que nasceu nos Estados Unidos, na década de 90, ganhou repercussão no Brasil e em vários países ao redor do mundo.

Todo ano, diversos locais são iluminados com a cor rosa. Empresas e instituições realizam palestras, eventos e campanhas com intuito de alertar as mulheres sobre a importância da realização de exames preventivos que detectem e previnam o câncer de mama.

Conforme dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o câncer de mama mata mais de 500 mil mulheres por ano.

Segundo a especialista em gênero e professora da Universidade Mackenzie Campinas, Nereida Salette Paulo da Silveira, embora a campanha seja importante, principalmente no que se refere a saúde e a sensibilização da opinião pública para a doença, a exploração mercadológica do tema constitui-se um aspecto negativo.

“Em outubro, parece que toda grande empresa, não importa se vende carros, iogurte, geladeiras ou cosméticos, realiza uma campanha de marketing rosa. Estudos nos Estados Unidos apontam que as organizações que se engajam em estratégias de marketing relacionadas às causas sociais, muitas vezes desfrutam de ganhos desproporcionais ao seu comprometimento com a causa”.

A professora ainda ressalta que o uso estereotipado da cor rosa, também é um grande erro. Para especialista, a cor remete a roupa de pequenas e adoráveis meninas, e desta forma não transmite a mensagem correta.

“O câncer pode matar se não reconhecido precocemente. Uma fita cor de rosa sobre uma mulher é um apelo que diz: Por favor, não se esqueçam: eu sou menina! Muitos tratamentos para o câncer de mama são traumáticos, invasivos e visíveis. Além do trauma físico, o câncer de mama é frequentemente associado com uma variedade de questões psicossociais em torno de relacionamentos, sexualidade e identidade feminina. Não existe nada de romântico e feminino” – afirma.

Para a professora, embora a campanha seja uma alternativa de conscientização, o ideal é que as organizações em vez de apenas “realizarem” ações ou campanhas durante o mês de outubro, se engajem e apoiem instituições que durante todo o ano auxiliam pessoas que estão lutando contra a doença.

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