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Opinião
08/10/2015 - 07h23
A busca de um pacto
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os bancários de todo o país entram em greve, mas as alternativas eletrônicas de relacionamento do cliente com as suas agências bancárias impedem o caos que uma paralisação dessas causaria antigamente. Os Correios e a Previdência Social também estiveram parados e ainda existem braços cruzados nas universidades e outras áreas do serviço público. Recentemente os professores da rede oficial de diferentes estados fizeram suas greves, o mesmo acontecendo com partes significativas do pessoal da segurança pública. Todos reclamam pela reposição da corrosão que a inflação causou aos seus salários durante os últimos anos quando, por diferentes razões, o empregador não conseguiu repor as perdas inflacionárias.

A grande crise que o Brasil vive atualmente merece a mais séria observância. Com todos os problemas políticos, acrescidos pela recessão que baixa o PIB (Produto Interno Bruto) e nos fará cair para a condição de nona economia do mundo, sendo batidos nesse ano pela Índia e Itália, é preciso buscar um grande acordo nacional. Os empregados têm razão ao reclamar elevados índices de reajuste apurados ao longo de anos. Mas, nesse momento, dificilmente se conseguirá percentuais elevados. Pelo contrário, encontramos empregadores, como o governo do Estado de São Paulo que chegam ao exagero de, por conta da crise, cancelar qualquer tipo de reajuste aos seus servidores, nesse ano em que a inflação caminha para os dois dígitos.

É preciso somar esforços de todos os lados para tirar a economia nacional do marasmo. Por mais razão que possam ter os comandos grevistas, a greve pode não ser o melhor instrumento para agora. Já houve casos em que a paralisação dos empregados serviu apenas para demonstrar ao empregador, público e privado, que bem ou mal os serviços e negócios continuam funcionando mesmo com parte de seus operadores de braços cruzados. Isso não é bom para ninguém, especialmente para a economia nacional.

O ideal seria que, nesse momento, todos se despojassem de suas verdades históricas e buscassem um entendimento que vigorasse até o país sair da crise aguda. Os empregados se fixassem na reposição da inflação dos últimos 12 meses e os empregadores também marchassem nessa direção para, depois da economia e do mercado voltar à normalidade, retomar a reivindicação pelas perdas do passado. Sem uma solução intermediária, correremos o risco de apenas potencializar a crise e retardar a volta da fluidez econômica e do desenvolvimento. Isso é ruim para todos.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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