A qualidade das imagens mamográficas pode ser baseada em alguns critérios: posicionamento, compressão, exposição, contraste, definição e até qualidade dos equipamentos. Enquanto mulheres acima dos 40 anos que periodicamente fazem mamografia podem ter reduzidas as chances de morrer de câncer de mama em 50%, vale alertar que o nível de qualidade da imagem diagnóstica é de vital importância.

Apesar de em alguns casos provocar certo desconforto, o adequado posicionamento e compressão da mama no equipamento permitirá melhor visualização do tecido mamário, contribuindo para um diagnóstico acertado. "Há pacientes que correm o risco de adiar o exame por conta do desconforto. Mas, quando entendem a real importância da prevenção do câncer de mama, percebem que a compressão permite imagens mais bem definidas, já que aproxima mais a mama do filme, imobilizando o seio para prevenir que se desloque e que se tenha de repetir todo o procedimento", diz Cristina Longo, médica radiologista da URP Diagnósticos Médicos.

Segundo a médica, a compressão aumenta também o contraste da imagem e permite que seja empregada menor dosagem de radiação. "Cistos e tecido glandular normal são mais facilmente compressíveis do que os carcinomas. Portanto, a compressão ajuda, também, o radiologista a definir a densidade das massas de forma mais apurada", diz.

Aspectos técnicos também devem ser considerados para um bom exame. "Maior ou menor nível de exposição aos raios-X influencia diretamente no resultado da imagem. O contraste é de extrema importância para permitir a diferenciação dos sinais que compõem a imagem. Definição é outro ponto fundamental, porque a menos que a imagem tenha ótima definição, pode não ser possível identificar microcalcificações ou mesmo as margens de massas", explica a radiologista.

Outros fatores que influenciam diretamente os resultados são o controle de qualidade dos equipamentos e o processamento das imagens. "A mamografia tem de ser realizada em filme específico, com processadora dedicada e própria para esses filmes, sempre mantendo rigorosos parâmetros de manipulação. Os equipamentos devem passar por revisões periódicas a fim de garantir padrões de qualidade constantes", diz Drª Cristina.