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Opinião
15/05/2005 - 17h06
Analisando a cúpula
José Nivaldo Cordeiro - MSM
 

A cúpula de países árabes e Sul-americanos que se encerra é daqueles eventos de congraçamento que geram muito custo e não agregam nenhum valor. Mal disfarçaram as suas reais intenções, que é constranger verbalmente os EUA e fazer barulho de vira-lata diante de um urso selvagem. Inútil. Que o Brasil sedie e apóie tal coisa não espanta, para quem conhece a oclocracia em que nos transformamos, uma forma degenerada de democracia, ambiente em que idéias de jerico podem prosperar e ter seguimento.

Chegaram ao requinte de recusar o convite daquele país para enviar observador. É quase um ato aberto de hostilidade diplomática. Por isso Chávez pôde declarar hoje que a tal cúpula, a dos tolos, foi um recado contra as "pretensões hegemônicas" dos EUA. O sargentão resumiu tudo, sem qualquer eufemismo. É demasiado transparente de tão primário.

O documento final é contraditório a ponto de ser ilegível, como podemos ler no seguinte trecho: "1.8 Reafirmam o direito preeminente dos Estados sobre seus recursos naturais, conforme estabelecido nas diversas resoluções das Nações Unidas, assim como os direitos soberanos dos povos de dispor de seus recursos de acordo com seus interesses. Neste sentido, ratificam o direito dos Estados de estabelecer as contribuições que julguem mais eqüitativas e de coordenar políticas em defesa de preços justos para suas exportações agrícolas e rejeitam quaisquer medidas discriminatórias e protecionistas".

Como alguém, em são juízo, pode, na mesma frase, ser contra medidas protecionistas e desejar políticas de "preços justos"? É esse o tipo de lixo que escreveram. Exceto no que se refere às Ilhas Malvinas, a União Européia não é citada, ela que tem como propósito justamente contrariar o livre comércio em escala mundial, reservando tal princípio apenas ao interior das suas fronteiras. Por que ela foi esquecida?

Na verdade, esse evento nada significa do ponto de vista da política internacional. Zero à esquerda. O élan de nossos governantes foi bem sintetizado pelo artista que desenhou o símbolo do evento, uma Lua crescente na forma de bocarra, a devorar o Cruzeiro do Sul. É essa disposição invertida que move a nossa diplomacia.

A disposição anti-EUA e anti-Israel permeia todo o texto da declaração. É penoso ler isso. O Brasil coloca-se justamente contra aqueles que têm a ver com as nossas tradições e podem nos ajudar na produção de riquezas. É um crime de lesa-pátria. Escrever intenção de integração entre "civilizações" é esquecer o que motivou o 11 se setembro, os atentados infames na Rússia, na Espanha e outros de menores proporções. O ódio aos cristãos dos "sócios" no evento só é superado pelo ódio aos judeus, do qual parece partilhar o nosso governo. É não querer enxergar a realidade. O que de fato diz respeito aos interesses maiores dos brasileiros encontra-se no eixo Roma, Tel-Aviv e Nova York. O resto é delírio ideológico de quem é comido por uma boca imensa sem ao menos se dar conta do fato.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas na FGV-SP.

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